Atividade industrial registra menor índice desde 2017
Passagem entre janeiro e fevereiro registrou queda na atividade industrial, que alcançou seu menor índice desde 2017.
Geralmente, os primeiros meses do ano indicam um recuo na atividade industrial. Isso vem acontecendo em 2023, porém, o que chamou a atenção foi o grande recuo que aconteceu. Conforme os dados da Sondagem Industrial, a atividade industrial no país registrou uma queda de 2,7 pontos na passagem entre janeiro e fevereiro, alcançando a marca de 45,2 pontos, a menor desde 2017. Os dados foram divulgados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
“A produção costuma recuar mesmo na passagem de janeiro para fevereiro, porém, de 2017 para cá, este foi o menor índice. O número também é menor que a média histórica para o mês, com 46,5 pontos”, disse Marcelo Azevedo, gerente de análise econômica da CNI.
Outro número que apresentou queda e está diretamente ligado com a atividade industrial é o índice de produção e emprego. De acordo com a CNI, houve uma queda de 0,7 pontos, passando de 49,2 pontos para 48,5 pontos. Novamente a confederação afirmou que a queda entre janeiro e fevereiro é esperada, porém, não se estimava que seria da forma como ocorreu.
Em relação aos índices de expectativa e de investimento para março também não são animadores. Segundo a CNI também haverá recuos, porém, se mantendo acima da média histórica para o período.
Brasileiros aderem ao uso de energia solar
O uso de energia solar aumentou muito entre os brasileiros e a economia pode ser de até 90%.
A utilização de energia solar vem crescendo muito no Brasil e atualmente ocupa a 3ª colocação no setor em geração de energia, ficando atrás somente da Eólica e Elétrica. De acordo com informações da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), a economia com a utilização dessa energia pode ser de até 90%.
Segundo as informações da Absolar, o Brasil bateu a marca de 19 gigawatts (GW) de potência em energia solar fotovoltaica. Desses 19, 13 vem diretamente das instalações em telhados, fachadas e terrenos de pequeno porte. Os outros 4 GW vem diretamente das usinas de maior porte.
De acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), até o início de 2023, a capacidade de instalação pode dobrar. Este é um marco para o setor que cada vez vem crescendo mais no país.
Rodrigo Sauaia, que é o presidente da Absolar, explicou os motivos pelo grande crescimento de instalações de energia solar no Brasil. Segundo ele, um dos principais motivos são os grandes reajustes nas contas de luz e a outra, é as reduções nos valores para instalações das placas.
Segundo dados da Absolar, graças a energia solar, desde 2012 foram garantidos R$ 10 milhões em novos investimentos no país, bem como 640 mil novos empregos. Além disso, os cofres públicos registraram uma arrecadação no valor de quase R$ 40 bilhões.
Como funciona?
Além de não produzir resíduos e poluição, a energia solar é famosa por sua fonte limpa. De acordo com a Absolar, esse tipo de energia já evitou que 28 milhões de toneladas de CO2 (dióxido de carbono) fossem gerados na eletricidade.
Ainda que sejam diversos os benefícios da energia solar, não é algo com custo tão baixo que e que seja bastante acessível. Isso porque, o custo de instalação para residências gira em torno de R$ 25 mil e para empresas, em torno de R$ 200 mil.
No entanto, Rodrigo Sauia acredita que os valores para a instalação das placas irão diminuir. Além disso, o valor pago mensalmente será abaixo do valor que antes era pago da conta de luz e o investimento nas placas é recuperado em pouco tempo.
Confiança da indústria registrou queda em outubro
Passagem entre setembro e outubro registrou queda na confiança da indústria.
A incerteza econômica derivada do intenso jogo político pré-eleição faz com que os mais variados setores da indústria tenham incertezas sobre o futuro. Além disso, as instabilidades econômicas e inflacionárias do país também acabam afetando a indústria em relação aos próximos meses. Prova disso é que a confiança da indústria apresentou queda no mês de outubro.
Conforme divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o Índice de Confiança do Empresário Industrial apresentou uma queda de 2,6 pontos na passagem entre setembro e outubro, alcançando a marca de 60,2 pontos. Mesmo com a queda, o índice geral ainda pode ser considerado positivo por estar acima da linha de corte dos 50 pontos, que separa a confiança da falta de confiança.
A moderação e insegurança dos empresários industriais também fez com que os Índices de Expectativa e de Condições atuais também apresentassem queda. O primeiro registrou um recuou de 3,2 pontos e foi para 61,8 pontos, já o segundo caiu 1,5 ponto e foi para 56,9 pontos. Mesmo com as quedas, o CNI afirma que ainda há uma percepção de melhora na economia do país.
“Mesmo assim continua com um valor positivo e apontando melhora da percepção do momento atual da economia brasileira e das empresas em relação aos seis meses anteriores. A melhora, porém, é mais moderada que em setembro, especialmente na avaliação dos empresários com relação às suas próprias empresas”, disse a CNI.
Para a realização do levantamento, a CNI ouviu 1.459 empresas, sendo 572 de pequeno porte, 535 médias empresas e 352 de grande porte. O período da pesquisa foi entre os dias 3 e 7 de outubro.
Elevação da Selic gera críticas do setor produtivo
Setor produtivo criticou a elevação da taxa Selic.
O Comitê de Política Monetária (Copom) anunciou mais um aumento na taxa básica de juros de economia (Selic). Por unanimidade, os integrantes do comitê aprovaram a elevação da Selic de 12,75% para 13,25% ao ano e o argumento foi os impactos da guerra na Ucrânia sobre a economia global. Contudo, a elevação mais uma elevação da Selic não pegou bem e gerou inúmeras críticas, inclusive do setor produtivo brasileiro.
Segundo as entidades ligadas à indústria, o aumento da Selic para 13,25% ao ano foi um ato equivocado e irá atrapalhar a retomada da economia no Brasil. Conforme divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), a taxa básica de juros está num patamar em que acaba desestimulando a atividade econômica no país e interfere diretamente no controle da inflação.
“Este aumento adicional da taxa de juros no momento é desnecessário para o controle da inflação e trará custos adicionais à economia, como queda do consumo, da produção e do emprego”, afirmou Robson Braga de Andrade, presidente da CNI.
Por outro lado, o Copom já antevê que um novo ajuste irá ocorrer, porém não soube precisar qual a magnitude do mesmo.
“Para a próxima reunião, o Comitê de Política Monetária antevê um novo ajuste, de igual ou menor magnitude. O comitê nota que a crescente incerteza da atual conjuntura, aliada ao estágio avançado do ciclo de ajuste e seus impactos ainda por serem observados, demanda cautela adicional em sua atuação”, disse o Comitê de Política Monetária.
A taxa básica de juros, popular Selic, vem de 11 aumentos consecutivos e encontra-se no maior patamar desde janeiro de 2017, quando atingiu 13,75% ao ano.
Faturamento da indústria cresceu em janeiro
Mesmo em meio à pandemia, faturamento da indústria cresceu em janeiro.
A pandemia do coronavírus não vem só ceifando vidas, mas também vem prejudicando drasticamente a economia. No entanto, um setor conseguiu superar as expectativas ruins e apresentar lucro recentemente. De acordo com os Indicadores Industriais divulgados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) na manhã de hoje (04), o faturamento da indústria cresceu em janeiro.
Segundo as informações que foram divulgadas, a atividade industrial fechou o mês de janeiro com um crescimento de 8,7% no faturamento do setor. Além disso, ficou registrado um nível mais alto que no mesmo período de 2020, antes de entrarmos na pandemia do Covid-19. Outro ponto que merece destaque é em relação às horas trabalhadas na produção, pois tiveram uma alta de 6,7%.
“A atividade industrial segue forte, refletindo a continuidade da trajetória de alta iniciada com a recuperação da atividade. Observamos altas, em alguns casos altas significativas, na comparação com janeiro do ano passado, quando a pandemia ainda não era uma realidade no Brasil”, afirmou Marcelo Azevedo, gerente de Análise Econômica da CNI.
Como mencionado, o faturamento da indústria cresceu em janeiro, assim como as horas trabalhadas na produção. Esses números também chegaram aos trabalhadores, pois o rendimento médio dos mesmos acabou apresentando um aumento de 0,4% na comparação com janeiro do ano passado, além de ficar 5,6% à frente do último mês de 2020.
Ford está deixando o Brasil
Ford está deixando o Brasil e decisão gerou questionamentos sobre o futuro do país.
O começo desta semana chegou com uma notícia surpreendente: a Ford está deixando o Brasil. A empresa norte-americana, que está no país há mais de um século, irá fechar as três fábricas que ainda existem em terras tupiniquins. Conforme divulgado, a decisão foi tomada por conta da pandemia de coronavírus, que intensificou a queda nas vendas e aumentou significativamente o seu prejuízo.
“Com mais de um século na América do Sul e no Brasil, sabemos que estas são ações muito difíceis, mas necessárias, para criar um negócio saudável e sustentável”, disse Jim Farley, diretor executivo da Ford.
Ocorre, que o fechamento das fábricas de Tatuapé, Camaçari e Horizonte não caiu bem e gerou questionamentos sobre o futuro do país. Para o Ministério da Economia, será necessário melhorar o ambiente de negócios e avançar nas reformas estruturais para que o Brasil possa ser novamente atrativo para empresas e indústrias investirem.
“O Ministério da Economia lamenta a decisão global e estratégica da Ford de encerrar a produção no Brasil. A decisão da montadora destoa da forte recuperação observada na maioria dos setores da indústria no país, muitos já registrando resultados superiores ao período pré-crise”, diz o comunicado do ministério.
CNI e Fiesp
Assim como o Ministério da Economia, que aborda a parte de mudanças para reduzir o custo das empresas no país, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) também se manifestaram sobre o assunto. Além disso, cobraram ações do governo para que o Brasil não perca mais indústrias num futuro próximo, principalmente por conta da alta carga tributária.
“O Brasil tem que lutar para melhorar sua competitividade, pois, além das fábricas, há toda uma cadeia automotiva que inclui redes de concessionárias, fornecedores de partes e peças e diversos outros serviços. Essa decisão reforça a urgência de se avançar na agenda de competitividade e redução do custo Brasil”, disse Carlos Abijaodi, diretor de desenvolvimento industrial da CNI.
Enquanto isso, a Fiesp declarou que é uma notícia muito triste o fato da Ford estar deixando o Brasil, mas que existe a necessidade de mudanças no país para que consiga ser forte economicamente. Em nota, a Fiesp disse que “a alta carga tributária brasileira faz diferença na hora da tomada de decisões. O custo de cada automóvel produzido aqui, por exemplo, dobra apenas por conta dos impostos. Precisamos urgentemente fazer as reformas estruturais, baixar impostos e melhorar a competitividade da nossa economia para atrair investimentos e gerar os empregos de que o Brasil tanto precisa”.