Anatel aprova venda da Oi Móvel
Anatel aprovou a venda da Oi Móvel para a Claro, Tim e Vivo.
Já não é mais novidade que a empresa Oi vem passando por um processo de recuperação judicial. Em meio a esse embate, a Anatel aprovou a venda da Oi Móvel para o consórcio formado pelas empresas Claro, Tim e Vivo. A aprovação ocorreu ontem (31) e agora irá passar pela análise do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que tem até 15 de fevereiro para emitir a decisão final.
O relator do caso, Emanuel Campelo, havia dado parecer favorável, mas impôs algumas condições. O julgamento, que começou na última sexta-feira (28), pois o diretor Vicente Aquino pediu vistas para analisar o tema com mais calma. Na sessão de ontem, o diretor acabou devolvendo o processo e acrescentou algumas condicionantes às propostas de Campelo. O próprio relator, assim como os diretores Carlos Baigorri e Moisés Moreira, acolheram os ajustes.
Entre os pontos acrescentados para a aprovação da venda da Oi Móvel está que a Anatel deverá acompanhar os usuários da Oi Móvel durante o processo de migração para as operadoras concorrentes. Além disso, o consórcio formado pela Claro, Tim e Vivo terá 90 dias, renováveis por mais 90, para negociarem um acordo para a manutenção dos serviços móveis prestados pela Oi na Estação Antártica Comandante Ferraz.
Já entre os pontos colocados pelo relator do caso entra a concorrência na telefonia móvel. Emanuel Campelo sugeriu que o consórcio comprador da Oi Móvel ofereça, por preços especiais, os serviços de roaming a prestadoras de pequeno porte; estimulem a exploração do serviço móvel pessoal (SMP) por rede virtual e façam planos de compromissos voluntários para a utilização de faixas do espectro.
Claro pretende abandonar a marca Net
Aos poucos a operadora de TV por assinatura deve passar a usar somente a marca Claro.
Após mais de 25 anos de atuação, a marca Net, operadora de banda larga e TV por assinatura, vai deixar de existir. Desde julho a Claro começou a comunicar aos seus usuários a decisão de unificar os serviços do grupo sob a marca da operadora de telefonia.
O trabalho está sendo feito aos poucos e tem previsão de duração de alguns meses, por se tratar do fim de um nome popular de categoria em TV a cabo.
O diretor de marketing da Claro Márcio Carvalho afirma que a decisão de concentrar investimentos em uma só marca gerará economia de custos, ainda declara que a decisão se mostrou viável em decorrência da mudança dos hábitos de consumo de conteúdo, migrando da TV por assinatura para dispositivos móveis.
Graças à demanda por banda larga móvel o setor de telefonia celular cresce, em contrapartida, a TV por assinatura passa por um cenário de perda de clientes. Entre 2016 e o fim do primeiro semestre de 2019, a consultoria Teleco declara que quase 1,9 milhão de consumidores deixaram o setor. O país somava 16,7 milhões de assinantes em junho, sendo destes 50% da Net. Os clientes serão transferidos para Claro TV.
Carvalho ainda diz que, “a transformação (do mercado de TV) está muito ligada à transferência do consumo de conteúdo para o smartphone”. Por conta disso, a Claro decidiu utilizar os meios digitais para comunicar a mudança aos seus consumidores. Fez uso do serviço Blast, do google e ampliou a frequência dos anúncios, chegando a aparecer para os usuários até 8 vezes em um só dia.
Para que a informação seja reforçada, a empresa ainda contará com anúncios em TV aberta, portais de notícias, nos pontos de vendas da Claro e, obviamente em canais por assinatura. O usuário receberá a informação de que a Net passou a ser Claro ao ligar a TV e antes de acessar o programa de sua escolha.
No entanto, o diretor de marketing reconhece que será impossível apagar a Net completamente. “Ela continuará na vida das pessoas, pois não conseguiremos trocar todos os controles remotos que estão nas casas dos clientes.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.