10 de outubro é o prazo final para caminhoneiros e taxistas solicitarem auxílio
Auxílios Caminhoneiro e Taxista podem ser requisitados até o dia 10 de outubro.
Os Auxílios Caminhoneiro e Taxista foram medidas adotadas para ajudar os profissionais autônomos das referidas categorias em meio à pandemia e a grande alta dos combustíveis. Contudo, o prazo para requerer o benefício está próximo do fim e os profissionais que ainda não solicitaram terão que correr. De acordo com André Veras, o prazo final para a solicitação dos auxílios é 10 de outubro.
“Esses caminhoneiros poderão fazer a regularização de sua situação junto à ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) até o dia 10 de outubro, assim como registrar a autodeclaração que foi disponibilizada até as 18h do dia 10 de outubro. Todas as pessoas podem buscar a Carteira Profissional Digital, onde há informações a respeito de sua situação, e também consultar a prefeitura, no caso dos taxistas, para saber a situação de seu nome na relação de possíveis beneficiários”, disse André Veras em entrevista à Rádio Nacional.
Somente no último sábado, foram pagos quase R$ 2 bilhões aos profissionais autônomos do transporte de cargas e passageiros. No total, 341 mil caminhoneiros e 297 mil a taxistas receberam os auxílios, totalizando R$ 1 bilhão e R$ 877 milhões, respectivamente. Os pagamentos mensais irão até o mês de dezembro e quem solicitar o benefício até o dia 10 de outubro receberá as parcelas vencidas junto com a parcela atual.
O Auxílio Caminhoneiro pode ser solicitado por transportadores de cargas autônomos que estejam cadastrados no Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Cargas (RNTR-C) da ANTT. Entre as principais exigências, os profissionais deverão estar com a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e o CPF válidos. Já o Auxilio Taxista será concedido aos profissionais que estejam com seus registros válidos junto às prefeituras das cidades onde atuam.
Caminhoneiros não fazem mais bloqueios nas estradas
De acordo com o governo federal, caminhoneiros não estão mais fazendo bloqueios nas estradas.
A manifestação de caminhoneiros e de produtores rurais em defesa do presidente Jair Bolsonaro tomou conta do país no último dia 7 de setembro. Os pedidos também eram para destituir os ministros do STF e para que houve uma intervenção militar no país. Os caminhoneiros, por exemplo, realizaram bloqueio nas estradas, impedindo que demais profissionais da classe pudessem trabalhar. No entanto, a manifestação acabou perdendo força justamente após uma declaração do presidente da república.
Em áudio divulgado na internet, Bolsonaro solicitou aos caminhoneiros que parassem com os bloqueios nas estradas, pois isso afetava diretamente a economia do país. Além disso, o presidente também divulgou uma carta onde se desculpava com os ministros do STF, garantindo que todos os poderes deveriam atuar conjuntamente em prol do Brasil e de seus cidadãos. As declarações acabaram tomando proporções enormes, pois muitos caminhoneiros se consideraram traídos pelo presidente. De qualquer forma, o ato fez com que os bloqueios, aos poucos, fossem sendo desfeitos.
Em balanço divulgado nesta sexta-feira (10) pelo Ministério da Infraestrutura, havia a confirmação que toda a malha rodoviária federal estava aberta para o livre fluxo de veículos de carga. As informações foram confirmadas pela Polícia Rodoviária Federal, que precisou intervir em alguns pontos para garantir o desbloqueio das estradas. De acordo com o governo federal, apenas alguns pontos no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Rondônia apresentavam concentrações de caminhoneiros, mas sem bloqueio de pista.
Importação de pneus deverá ter imposto zerado
De acordo com Bolsonaro, importação de pneus deverá ter imposto zerado.
Com os problemas gerados pela pandemia e por conta da alta do dólar, muitos produtos estão faltando no mercado e um deles é o pneu. Quem vem sendo atingido diretamente por isso são os caminhoneiros, que viram os preços dispararem e aumentar a demora pela entrega do produto. Visando amenizar este problema, a importação de pneus deverá ter imposto zerado.
O pronunciamento foi feito na noite de ontem (14) pelo presidente Jair Bolsonaro e a divulgação da medida deverá acontecer na próxima semana. Bolsonaro ainda comentou sobre a decisão da Câmara de Comércio Exterior (Camex) que zerou as alíquotas para a importação de armas, mas que foi derrubada pelo STF pouco tempo depois.
“Agora o que eu fiz, espero que esse ministro (Edson Fachin) agora não queira dar uma canetada né. Porque pela Camex são tarifas, não é imposto. A tarifa de importação de pneus, que interessa os caminhoneiros, está em torno de 16%, que interessa os caminhoneiros. Conversei com o Paulo Guedes, vamos zerar. Na semana que vem deve estar zerada a tarifa de importação de pneus para os caminhoneiros, que passam dificuldades”, disse o presidente.
Ainda em seu pronunciamento, onde declarou que a importação de pneus deverá ter imposto zerado, o presidente Jair Bolsonaro também comentou que irá conversar com representantes dos ministérios da Economia, Minas e Energia e Infraestrutura para tratar dos preços dos combustíveis e do gás de cozinha.
Pode ter nova paralisação de caminhoneiros no Brasil
A paralisação desta vez é por conta do reajuste do piso do frete
Nesta segunda-feira (16 de dezembro), pode ter nova paralisação dos caminhoneiros em várias regiões do Brasil. Isso porque, foram feitos vários movimentos em grupos de Whatsapp para que ocorresse nova greve pelo país. Além disso, a CNTTL (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logísticas), liga juntamente com a CUT (Central Única dos Trabalhadores) apoiou o movimento.
No entanto, os caminhoneiros estão divididos com relação a fazer ou não uma nova greve que pare o país como já ocorreu. Um dos caminhoneiros que tem representado os caminhoneiros diante do governo, Wallace Landim, disse ao jornal O Estado de S.Paulo, que eles (caminhoneiros) estão sendo alvos de interesses políticos e outras coisas, que os pedidos já estão com data marcada para que sejam atendidos pelo governo brasileiro.
“Temos uma pauta importante, que já está na mesa e que tem data para ser atendida. Temos de ter muita seriedade em relação ao que está sendo feito. O que estão querendo é usar o transportador como massa de manobra para um movimento político”, disse Wallace.
Além disso, o caminhoneiro disse que a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres se comprometeu em divulgar um novo código de identificação da Operação de Transportes. Isto porque, esta é uma ferramenta que ajudará na fiscalização e punição de empresas que contratam caminhoneiros com os preços muito abaixo do mínimo contido na tabela do frete.
Segundo o caminheiro Wallace, outra reivindicação é o reajuste do piso mínimo do frete, na qual espera que o aumento fique entre 14% e 18%. Somado a isso, nas palavras dele, a data marcada com o governo para que as negociações ocorram é no dia 20 de janeiro.
“Concordo que estamos no limite de nossa situação, mas é preciso enxergar que as coisas estão em andamento. Nossa maior crítica hoje é o atravessador, a empresa que está entre o produtor e o caminhoneiro. É preciso eliminar esse atravessador e facilitar a contratação direta do caminhoneiro, seja cooperado ou autônomo”, comentou Wallace.
A CUT tem divulgado diversos vídeos nas redes sociais sobre negação de motivações políticas. “Estão tentando desvirtuar o movimento dos caminhoneiros, com essa história de que se trata de um movimento político. Quem faz isso tenta desmobilizar a classe, é covarde”, afirmou Sandro Cesar, presidente da CUT no Rio de Janeiro, em vídeo distribuído entre os trabalhadores. “Quero saber se tem alguém, em algum lugar desse Brasil, que está feliz com o preço da gasolina, do gás, do óleo diesel. Se tem alguém feliz com isso, deve ter outros interesses.”