Indonésia é o novo membro do Brics
Brasil confirmou a entrada da Indonésia no Brics.
A Indonésia, que possui mais de 284 milhões de habitantes (4º maior população do mundo) e tem a 10ª maior economia em termos de paridade de poder de compra, segundo o Banco Mundial, é o novo integrante do Brics. A confirmação da entrada do país asiático no bloco que é composto por países de mercados emergentes em relação ao desempenho econômico foi confirmada pelo governo brasileiro nesta segunda-feira (06).
“O governo brasileiro saúda o governo indonésio por seu ingresso no Brics. Detentora da maior população e da maior economia do Sudeste Asiático, a Indonésia partilha com os demais membros do grupo o apoio à reforma das instituições de governança global e contribui positivamente para o aprofundamento da cooperação do Sul Global, temas prioritários para a presidência brasileira do Brics”, diz o comunicado do Ministério das Relações Exteriores (MRE).
O Brasil, que assumiu a presidência rotativa do Brics no dia 1º de janeiro deste ano e estará à frente até o dia 31 de dezembro, afirmou que a candidatura da Indonésia havia tido o aval da cúpula em agosto de 2023, quando os membros se reunirão na África do Sul. A expectativa é que ainda em 2025 outros países entrem para o grupo, entre eles Cuba, Bolívia, Malásia e Tailândia. Nigéria, Turquia, Argélia e Vietnã também podem entrar nessa lista.
Formado inicialmente por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, o Brics viu em 2024 o ingresso de Irã, Emirados Árabes Unidos, Egito, Etiópia e Arábia Saudita para compor o grupo.
Lula diz que países do BRICS não podem depender do dólar
Ao dizer que países do BRICS não podem depender do dólar, Lula sugeriu a adoção de uma moeda comercial sem câmbio.
O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, em seu discurso durante o encontro da cúpula do BRICS, afirmou que os países pertencentes ao grupo não podem depender do dólar. De acordo com o político, os países membros do BRICS precisa adotar uma moeda para transações comerciais sem cambio, assim reduzindo as vulnerabilidades econômicas de todos na economia global.
Segundo Lula, a criação de uma unidade de referência do próprio BRICS seria o ideal para não terem que depender unicamente do dólar. Assim, transações diretas e sem câmbio poderiam ocorrer entre os membros do grupo, facilitando as negociações e diminuindo as vulnerabilidades econômicas dos países.
“A criação de uma moeda para transações comerciais e de investimentos dos membros dos BRICS aumentam nossas opções de pagamentos e reduzem nossas vulnerabilidades. Nós defendemos a questão de uma unidade de referência. Na verdade, é uma moeda que seja referência de fazer negócio para que você não precise de uma moeda de outro país. Por que preciso ter dólar para fazer negócios com a China? O Brasil e a China têm tamanho suficiente para fazer negócios nas suas moedas ou em outra unidade que a gente possa fazer, sem desvalorizar a moeda da gente e sem negar”, disse o presidente do Brasil, que ainda concluiu: “O que é importante é que a gente não pode depender de um único país que tem o dólar, de um único país que bota a maquininha para rodar dólar, e nós somos obrigados a ficar vivendo da flutuação dessa moeda. Não é correto”.
Por fim, Lula ainda defendeu que Dilma Rousseff, atual líder do BRICS, é totalmente capaz de conduzir a missão para a criação de uma unidade de referência para negociações entre os países que compõem o grupo. O BRICS é um grupo de países de mercado emergente em relação ao seu desenvolvimento econômico que é composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.