Jair Bolsonaro é condenado a mais de 27 anos de prisão

Considerado líder de organização criminosa que tentou efetivar um golpe de Estado, Jair Bolsonaro é condenado a 27 anos e 3 meses de prisão.
O Supremo Tribunal Federal (STF) condenou nesta quinta-feira (11) o ex-presidente Jair Bolsonaro a 27 anos e 3 meses de prisão por tentativa de golpe de Estado. A condenação de Bolsonaro foi confirmada por volta das 15h30, enquanto o tempo de pena foi confirmando no início da noite, por volta das 19h. Ao todo, o colegiado formado por cinco ministros condenou o ex-presidente por cinco crimes na trama golpista.
Dos 27 anos e 3 meses, 24 anos e 9 meses são de reclusão (ou seja, pena para crimes que preveem regime fechado). E 2 anos e 6 meses de detenção (pena para crimes de regime semiaberto ou aberto). Inicialmente, por ser uma pena superior a 8 anos, o regime de prisão será o fechado. Vale destacar que Bolsonaro só poderá ser conduzido ao presídio após o trânsito em julgado da ação.
Como o placar da votação foi 4 a 1 a favor da condenação do ex-presidente, não há a possibilidade de recurso. A única movimentação processual possível antes do trânsito em julgado da ação são os embargos de declaração. Estes são decididos pela própria Turma, e são, em realidade, uma espécie de pedido de esclarecimento sobre alguma decisão da Corte.
Ao todo, Jair Bolsonaro foi condenado por cinco crimes, sendo eles: golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, organização criminosa, dano qualificado e deterioração de patrimônio.
Mais de 6,5 milhões de famílias deixam a linha de pobreza

Nos últimos dois anos, 6,5 milhões de famílias deixaram a linha da pobreza, o que corresponde a mais de 14 milhões de brasileiros.
Em meio às discussões econômicas envolvendo o Brasil e os Estados Unidos, uma boa notícia foi divulgada esta semana. De acordo com o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), mais de 6,5 milhões de famílias deixaram a linha de pobreza nos últimos dois anos, o que corresponde a mais de 14 milhões de brasileiros. A informação foi divulgada com base na análise de famílias inscritas no Cadastro Único (CadÚnico).
De acordo com Wellington Dias, ministro do Ministério do Desenvolvimento Social, as pessoas estão saindo da pobreza, seja pelo trabalho ou pelo empreendedorismo, confirmando, assim, uma combinação de desenvolvimento econômico e social. Em 2023, o cadastro tinha 26,1 milhões de famílias nessa faixa de renda. Em julho de 2025, a quantidade foi reduzida para 19,56 milhões, diminuição de 25%.
Conforme a base de análise do CadÚnico, as famílias em situação de pobreza são aquelas em que a renda familiar per capta é de no máximo R$ 218. Além disso, o CadÚnico também serve como base para a análise de concessão de benefícios como Bolsa Família e BPC/Loas, que são destinados às pessoas em situação de vulnerabilidade econômica, dentre outros.
Abaixo, confirma as três faixas de classificação dos inscritos no CadÚnico:
Situação de pobreza: até R$ 218;
Baixa renda: entre R$ 218,01 e meio salário mínimo (R$ 759);
Renda acima de meio salário mínimo.
Emplacamento de veículos registra alta

Emplacamento de veículos é o maior desde 2014.
As vendas de veículos automotores continuaram em alta em agosto, consolidando para 2025 o melhor desempenho desde 2014. O bom desempenho no emplacamento evidencia que mesmo com o litígio econômico vivido entre Brasil e Estados Unidos a economia local segue funcionando. A Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) foi quem divulgou os dados dos emplacamentos.
No último mês, foram emplacados 431.079 veículos, com destaque para motocicletas (185.454 unidades) e carros leves (172.280 unidades). Nos oito primeiros meses de 2025, o total de veículos vendidos chegou a 3.229.726, registrando um crescimento de 6,6% em relação a 2024. Com esses resultados, a Fenabrave mantém a projeção de crescimento de 6,2% para o ano.
O setor projeta ainda um aumento de 10% nas vendas de motocicletas em 2025, enquanto os emplacamentos de caminhões devem cair 7%. Carros leves e utilitários devem crescer 5%, e ônibus devem registrar alta de 6%. Segundo a Fenabrave, as vendas de caminhões não devem subir significativamente devido à manutenção de juros elevados para crédito, o que também influencia a renovação da frota de carros.
Crescimento do consumo em supermercados surpreende em julho

Vendas para lares brasileiros avançam 4% na comparação anual, impulsionadas pela melhora da renda, queda do desemprego e estabilidade do Bolsa Família.
O consumo nos lares brasileiros apresentou recuperação em julho, com as vendas em supermercados registrando crescimento de 4% na comparação com o mesmo mês de 2024. Os dados, divulgados nesta quinta-feira (21) pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras), refletem uma retomada consistente do consumo doméstico.
Em relação a junho, o aumento foi de 2,4%, enquanto o acumulado do ano até julho mostra alta de 2,6%, indicando uma tendência positiva ao longo de 2025. Os números já foram ajustados pela inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado pelo IBGE.
Segundo Márcio Milan, vice-presidente da Abras, o crescimento anual de 4% é impulsionado principalmente pela recuperação da renda e pela melhora do mercado de trabalho. “Julho costuma registrar retração no consumo devido às férias escolares, quando muitas famílias gastam fora de casa. Este ano, esse efeito foi menos intenso, tanto em relação a junho quanto ao mesmo período de 2024”, explicou.
A evolução do mercado de trabalho também contribui para esse cenário. A taxa de desemprego caiu para 5,8% no trimestre encerrado em junho — o menor índice desde 2012 —, frente a 6,9% registrado no mesmo período de 2024, reforçando a maior capacidade de consumo das famílias.
Bolsa Família
O levantamento da Abras mostra que a redução no número de beneficiários do Bolsa Família em julho, decorrente da elevação da renda familiar e da queda do desemprego, não prejudicou o consumo. Cerca de 1 milhão de pessoas deixaram de receber o benefício no mês, com R$ 13,16 bilhões destinados a 19,6 milhões de beneficiários, ante R$ 14,2 bilhões pagos a 20,83 milhões em julho de 2024.
Márcio Milan destacou que a redução dos recursos do programa indica que as famílias que agora dependem exclusivamente da renda do trabalho conseguiram manter autonomia financeira e ainda fortaleceram o poder de compra, principalmente no varejo de alimentos.
Preços
A cesta básica de 12 produtos monitorada pela Abras registrou recuo de 0,44% em julho em comparação a junho, com o preço médio nacional caindo de R$ 353,42 para R$ 351,88. Entre os produtos que apresentaram queda mais expressiva estão arroz (2,89%), feijão (2,29%), café torrado e moído (1,01%), queijo muçarela (0,91%), macarrão de sêmola tipo espaguete (0,59%) e farinha de trigo (0,37%).
Outros quatro itens tiveram redução mais discreta: carne bovina (0,06%), farinha de mandioca (0,01%), margarina cremosa (0,06%) e leite longa vida (0,11%). Por outro lado, os únicos produtos que registraram aumento foram açúcar refinado (0,63%) e óleo de soja (0,46%).
Brasil seguirá negociando com os Estados Unidos

Em meio às tarifações, Brasil seguirá negociando com os Estados Unidos, mas não abre mão de sua soberania.
As taxações impostas por Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, ao Brasil, ainda seguem repercutindo. De acordo com o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, o Brasil vai seguir negociando com o país norte-americano para tentar reduzir a taxação de 50% imposta sobre alguns produtos, mas não abrirá mão da sua soberania nacional.
“O primeiro ponto é garantir o diálogo, buscar a negociação. Em momento algum, por determinação do presidente Lula, a gente fechou o diálogo. A gente busca o diálogo na mesa de negociação. Agora, em hipótese alguma, vamos abrir mão da nossa soberania. Em hipótese alguma, por óbvio, vamos negociar aquilo que não é atribuição do Poder Executivo, como, por exemplo, intervenção no Poder Judiciário”, disse o ministro.
Enquanto os debates sobre as tarifas seguem, o Governo Federal já começou a adotar medidas para ajudar os setores afetados. No dia de ontem (13), foi anunciado um pacote de medidas para apoiar o setor produtivo afetado pelo tarifaço. O plano de apoio prevê R$ 30 bilhões em crédito e será viabilizado por meio de uma medida provisória chamada de MP Brasil Soberano.
Vale destacar que muitos dos setores afetados também já estão buscando novos mercados, inclusive tendo sucesso com negociações com outros países do mundo. As ações do governo e dos produtores mostram que as sanções impostas por Donald Trump não serão suficientes para parar a economia nacional.
Governo brasileiro se reuniu com empresários para discutir tarifação dos EUA

Após ser tarifado em 50% pelos EUA, governo brasileiro se reuniu com empresários para discutir a situação.
Na última semana, uma decisão de forma unilateral divulgada por Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, chamou a atenção do mundo: tarifar em 50% os produtos de exportação brasileiros. A medida chamou a atenção pelo cunho político, pois o presidente dos Estados Unidos atacou o STF e defendeu o ex-presidente Jair Bolsonaro. A ação de Trump não passou batida pelo Governo Brasileiro, que afirmou que adotará a Lei de Reciprocidade para Tarifar os Estados Unidos também.
Já nesta terça-feira, em meio às negociações entre os dois países, o Governo Brasileiro se reuniu com empresários da indústria e do agronegócio para debater possíveis saídas para a tarifação. Em sua fala, Geraldo Alckmin, vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, afirmou que o debate entre governo e empresários é importante para as decisões que serão tomadas.
“É importante a participação de cada um de vocês, nas suas áreas específicas, para fazermos um trabalho em conjunto. O governo brasileiro está empenhado em resolver essa questão e queremos ouvir as sugestões de cada um de vocês”, disse Alckmin.
O vice-presidente brasileiro ainda falou que estão trabalhando arduamente para reverter a tarifa imposta por Donald Trump, tendo informado ainda que a alegação do presidente dos EUA quanto aos prejuízos sofridos pelo país norte-americano não é verdadeira. Por fim, afirmou que seguirá junto com a iniciativa privada trabalhando para ajustar o problema da tarifa de 50%.
“A responsabilidade é, todo empenho, em rever essa questão. Primeiro porque ela é totalmente inadequada. O Brasil não tem superávit com os Estados Unidos. Aliás, o contrário. Dos dez produtos que eles mais exportam, oito a tarifa é zero. Então, nós vamos trabalhar junto com a iniciativa privada”, afirmou o vice-presidente.
Vale destacar que em nenhum momento o Governo Brasileiro levantou a hipótese de interferir nos outros poderes da República, ou seja, interferir nas decisões do STF e, principalmente, no julgamento de Jair Bolsonaro e seus aliados, que estão sendo processados por tentativa de golpe de estado.
Banco Central anuncia Pix automático

Nova funcionalidade do Pix, divulgada pelo Banco Central, visa facilitar a vida dos usuários.
Nesta quarta-feira (4), o Banco Central divulgou uma nova funcionalidade para o Pix: o Pix automático. Nessa nova modalidade, será possível realizar o agendamento de despesas periódicas e recorrentes, como contas de luz, mensalidades escolares, academias e serviços por assinatura. Segundo o BC, a função visa facilitar a vida dos usuários.
“O Pix é o dinheiro que anda na velocidade do nosso tempo. O Pix é um ativo de todos os brasileiros, da sociedade brasileira, do setor privado, dos indivíduos, das pessoas físicas, do Banco Central, de todo mundo”, disse Gabriel Galípolo, presidente do BC.
De acordo com o Banco Central, a nova funcionalidade estará disponível a partir do dia 16 de junho e vai fazer com diversos brasileiros tenham acessos a serviços que antes não tinham. Segundo o presidente do BC, cerca de 60 milhões de brasileirão não possuem cartão de crédito, e agora, com o Pix automático, poderão ter acesso a uma série de serviços ou a uma série de facilidades.
Vale destacar que em 2024 as transações por Pix atingiram um recorde histórico. Somente no último ano, foram registradas 26 trilhões de transações na modalidade de pagamento instantâneo.
Nubank atualiza taxas para negociações de Criptomoedas

Novas regras do IOF impactam tarifas, mas trocas dentro do app do Nubank continuam isentas.
Nesta segunda-feira (26), o Nubank anunciou uma atualização nas tarifas cobradas sobre operações com Bitcoin e outras criptomoedas realizadas dentro do seu aplicativo. A mudança responde às novas diretrizes do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), anunciadas recentemente pelo Ministério da Fazenda.
Apesar das alterações, o banco digital reforçou que as trocas entre criptomoedas feitas diretamente na plataforma continuarão isentas de qualquer taxa, mantendo a mesma política anterior.
Para investidores que movimentaram valores superiores a R$ 10 mil em criptoativos nos últimos 45 dias, a alíquota passou de 0,2% para 0,6%, um salto de 200%. Já para aqueles com operações entre R$ 2 mil e menos de R$ 10 mil, a taxa dobrou, subindo de 0,4% para 0,8%.
No caso das negociações entre R$ 100 e menos de R$ 2 mil, o ajuste eleva a tarifa de 0,6% para 1%, um aumento de 66%. Por fim, usuários que movimentaram até R$ 100 passarão a pagar 1,2%, frente a 0,8% anteriormente, o que representa um acréscimo de 50% na taxa.
O Nubank disponibilizou em seu blog informações detalhadas sobre todos os produtos financeiros afetados por essas mudanças tributárias, reforçando a transparência com seus clientes.
Além do bitcoin (BTC), a plataforma oferece uma ampla gama de criptomoedas para investimento, incluindo o Ethereum (ETH) e diversas altcoins. Até 26 de maio de 2025, o portfólio conta com 29 tokens diferentes, entre os quais destacam-se Maker (MKR), Immutable X (IMX), The Graph (GRT), Quant (QNT), XRP, Solana (SOL), USDC, Cardano (ADA), Chainlink (LINK), Avalanche (AVAX), Stellar (XLM), Hedera (HBAR), Bitcoin Cash (BCH), Polkadot (DOT), Litecoin (LTC), Uniswap (UNI), NEAR Protocol (NEAR), Aave (AAVE), Ethereum Classic (ETC), Cosmos (ATOM), Polygon (POL), Arbitrum (ARB), Algorand (ALGO), Celestia (TIA), Optimism (OP), Lido DAO Token (LDO) e Tezos (XTZ).
Com essa diversidade, o Nubank, maior banco digital da América Latina, reforça sua posição como uma das principais opções para quem deseja ingressar no mercado de criptomoedas.
Governo Brasileiro zera imposto de estações de mineração de criptomoedas.

Com a medida adotada pelo Governo Brasileiro, imposto de importação de estações de mineração de criptomoedas estão zerados.
Uma medida adotada pelo Governo Brasileiro chamou a atenção do mercado de ativos digitais. Por meio do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e com a assinatura do vice-presidente do Brasil, Geraldo Alckmin, foi assinada uma resolução que zera os impostos de importação de equipamentos utilizados na mineração de Bitcoin e criptomoedas.
A nova medida se deu pela Resolução Gecex nº 726/2025, que alterou o Anexo I da Resolução Gecex nº 322/2022. Nela, consta que estações completas de armazenamento e resfriamento de servidores dedicados à mineração de Bitcoin e Criptomoedas estarão isentas de imposto de importação, ou seja, os equipamentos poderão ser trazidos para o Brasil sem o pagamento de tributos à União.
“Estações completas de armazenagem e resfriamento de servidores dedicados à mineração de criptomoedas de algoritmo SHA256, dotadas de prateleiras metálicas com capacidade de armazenamento igual ou superior à 200 servidores, sistema de exaustão, painéis de controle e de distribuição, dispositivo de bombeamento para circulação de líquido para arrefecimento dos servidores e torres de resfriamento à seco”, diz a resolução.
Vale destacar que esta não é a primeira medida adotada favorecendo o mercado cripto. Ainda em 2022, o Governo Brasileiro já havia isentado de impostos a importação de servidores utilizados para a mineração de Bitcoin e outras criptomoedas.
Copom eleva taxa Selic

Taxa Selic alcança seu maior patamar em quase 20 anos.
Nesta quarta-feira(07), o Comitê de Política Monetária do Banco Central, o Copom, confirmou o reajuste da taxa Selic. A alta na taxa básica de juros foi de meio ponto, alcançando o patamar de 14,75% ao ano. Esta é a sexta alta consecutiva e a decisão pela elevação foi unânime entre os membros do comitê. Com a elevação a Selic alcançou seu maior patamar desde agosto de 2006.
A alta do preço dos alimentos e da energia e as incertezas em torno da economia global tiveram grande influência para a elevação da Selic. De acordo com o Copom, não há previsão para redução da taxa básica de juros e que a próxima reunião do comitê, que ocorrerá em junho, será repleta de incertezas econômicas.
“Para a próxima reunião, o cenário de elevada incerteza, aliado ao estágio avançado do ciclo de ajuste e seus impactos acumulados ainda por serem observados, demanda cautela adicional na atuação da política monetária e flexibilidade para incorporar os dados que impactem a dinâmica de inflação”, diz a nota do Copom.
A Selic é o principal instrumento do Banco Central para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). No entanto, o alto valor da taxa básica de juros afeta diretamente na liberação de créditos, fazendo com que haja uma redução em determinados tipos de negócios e transações.