Mesmo com lucro bilionário, Santander demite funcionários
Banco espanhol também havia assinado um acordo para não demitir ninguém durante a pandemia
A crise econômica gerada pelo coronavírus vem afetando o mundo e no Brasil isso não é diferente. No entanto, alguns setores ainda seguem faturando alto e as instituições financeiras são a prova disso. É bem verdade que algumas quedas de arrecadação podem ter acontecido, mas os lucros seguem existindo. O Santander é um bom exemplo disso.
O banco espanhol faturou 3,8 bilhões de reais somente no primeiro trimestre de 2020. Mesmo assim, isso não foi o suficiente para que demissões fossem evitadas. De acordo com o Sindicato dos Bancários, ao menos 30 funcionários foram demitidos pelo país em meio à pandemia. Os números ainda tendem a aumentar, pois o levantamento dos dados segue sendo realizado.
Outro ponto surpreendente referente a esta ação foi que o banco, assim como outras instituições financeiras, havia assinado um acordo para não demitir funcionários e meio à pandemia. Em contrapartida, alega que a validade deste acordo seria até maio e que em junho passou a reavaliar o nível de produtividade das equipes.
Para Rita Berlofa, diretora executiva do Sindicato dos Bancários de São Paulo e funcionária do Santander, as alegações não são convincentes. Segundo ela, a postura do banco não está sendo uniforme com as outras unidades dos 150 países onde atua. Para piorar, o Sindicato ainda afirma que o banco tem forçado o retorno ao trabalho presencial durante a pandemia.
A partir deste sábado, bancos e empresas poderão consultar informações do Cadastro Positivo
Bancos e empresas que emprestam dinheiro terão acesso ao Cadastro Positivo para analisar se concedem ou não crédito aos clientes
Através de um banco de dados, o mercado poderá, por enquanto, consultar apenas cinco tipos de informações sobre o consumidor. São elas: nota de crédito, que é utilizada para avaliar eficiência do cliente para pagar o empréstimo; índice de pontualidade de pagamento, diz respeito a quantidade de contas vencidas, quitadas ou canceladas.
Ainda poderá pesquisar o índice de comportamento de gastos, ou seja, os principais gastos, como cartão, financiamentos, contas de consumo, e outros; quantidade de consultas que o CPF do consumidor possui; histórico consolidado de compromissos assumidos (como valores e datas de pagamentos de crediário, financiamentos e empréstimos, por exemplo) desde que tenha sido consentido pelo consumidor.
Dentre os itens que NÃO podem ser acessados estão: nome da instituição na qual o consumidor apanhou o empréstimo. Informações de investimentos ou saldo em conta corrente. E, quais bens o consumidor adquiriu.
Nem mesmo os gestores do banco de dados terão acesso a essas informações.
Consumidores que já estão no Cadastro positivo
120 milhões de consumidores que têm crédito nos cinco principais bancos do país (Itaú, Caixa, Bradesco, Banco do Brasil e Santander) e em outras 100 empresas, já estão no Cadastro Positivo, segundo SPC.
O comunicado está sendo enviado via e-mail, carta ou SMS, para os consumidores que estão sendo incluídos.
O banco de dados receberá, nos próximos meses, informações repassadas por empresas de telefonia, concessionária, varejo, água e luz, para que assim, quem não tem conta em banco também possa fazer parte do cadastro.
O consumidor pode optar por não ter seus dados no cadastro, quando isso ocorrer, poderá ser solicitada a retirada gratuitamente a qualquer momento em qualquer um dos birôs de créditos – os demais serão notificados automaticamente. Assim como pode solicitar a reinclusão no sistema.
O sistema entrou em vigor em 2013, mas houve pouca adesão dos consumidores, que necessitavam se inscrever voluntariamente. Uma lei sancionada em 2019 tornou automática a inclusão dos dados dos clientes pelos bancos e empresas.
É atribuída uma nota de crédito (score) a cada consumidor que tem o nome incluído no cadastro, calculada através do seu histórico de pagamentos. Essa nota é utilizada para definir limites de empréstimos que ele poderá solicitar, por exemplo.
O sistema tem como intuito identificar quem são os melhores consumidores para que as instituições financeiras e bancos possam oferecer crédito com menor risco de calote. Com isso, espera-se uma diminuição de inadimplência e um aumento do volume de crédito concedido no país.
Funcionários do Bradesco são presos em nova fase da Operação Lava Jato
Os mandatos de prisão foram cumpridos por ordem da 7ª Vara Federal Criminal do Rio.