ANTT reduz valor do frete
Com a redução no preço do diesel, ANTT reduziu o valor do frete.
A alta nos preços dos combustíveis e o baixo valor do frete foram assuntos muito debatidos nos últimos tempos. Isso fez com que o valor para o transporte de cargas tivesse uma elevação no seu preço, sendo que deveria ser seguido a tabela mínima dos fretes rodoviários. Agora, com a redução do preço do diesel, a Agência Nacional de Transportes Terrestres, a ANTT, divulgou redução nos preços mínimos para transportes de cargas.
A ANTT publicou no Diário Oficial da União (DOU) a nova tabela de preços mínimos dos fretes rodoviários e eles irão variar de 2,89% a 3,68% a depender do tipo de carregamento a ser efetuado. De acordo com a autarquia federal, a Lei 14.445/2022 está sendo cumprida, pois em seu teor consta que deverá existir a correção da tabela do frete sempre que o valor do diesel oscilar mais de 5% para baixo ou para cima.
“Para o reajuste, a ANTT analisou a tabela de índice de preços divulgada pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Entre o período de 28 de setembro a 1 de outubro, o preço médio do Diesel S10 ao consumidor ficou em R$ 6,73 por litro, o que resultou em um percentual de variação acumulado, desde a publicação da Portaria Suroc nº 214, de 22 de agosto, de -5,61% – quando ocorreu o último reajuste na tabela frete”, diz a nota da ANTT.
No transporte rodoviário de carga lotação, que corresponde a tabela A, a redução foi de 2,89%. Na tabela B, que trata de operações com a contratação apenas do veículo de cargas, a redução foi de 3,21%. Enquanto isso na tabela C, que trata de transporte rodoviário de carga lotação de alto desempenho, a queda média foi de 3,37%. Por fim, as operações apenas com veículo de cargas de alto desempenho, que corresponde a tabela D, terão redução em média de 3,68% no preço do frete.
10 de outubro é o prazo final para caminhoneiros e taxistas solicitarem auxílio
Auxílios Caminhoneiro e Taxista podem ser requisitados até o dia 10 de outubro.
Os Auxílios Caminhoneiro e Taxista foram medidas adotadas para ajudar os profissionais autônomos das referidas categorias em meio à pandemia e a grande alta dos combustíveis. Contudo, o prazo para requerer o benefício está próximo do fim e os profissionais que ainda não solicitaram terão que correr. De acordo com André Veras, o prazo final para a solicitação dos auxílios é 10 de outubro.
“Esses caminhoneiros poderão fazer a regularização de sua situação junto à ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) até o dia 10 de outubro, assim como registrar a autodeclaração que foi disponibilizada até as 18h do dia 10 de outubro. Todas as pessoas podem buscar a Carteira Profissional Digital, onde há informações a respeito de sua situação, e também consultar a prefeitura, no caso dos taxistas, para saber a situação de seu nome na relação de possíveis beneficiários”, disse André Veras em entrevista à Rádio Nacional.
Somente no último sábado, foram pagos quase R$ 2 bilhões aos profissionais autônomos do transporte de cargas e passageiros. No total, 341 mil caminhoneiros e 297 mil a taxistas receberam os auxílios, totalizando R$ 1 bilhão e R$ 877 milhões, respectivamente. Os pagamentos mensais irão até o mês de dezembro e quem solicitar o benefício até o dia 10 de outubro receberá as parcelas vencidas junto com a parcela atual.
O Auxílio Caminhoneiro pode ser solicitado por transportadores de cargas autônomos que estejam cadastrados no Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Cargas (RNTR-C) da ANTT. Entre as principais exigências, os profissionais deverão estar com a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e o CPF válidos. Já o Auxilio Taxista será concedido aos profissionais que estejam com seus registros válidos junto às prefeituras das cidades onde atuam.
Pode ter nova paralisação de caminhoneiros no Brasil
A paralisação desta vez é por conta do reajuste do piso do frete
Nesta segunda-feira (16 de dezembro), pode ter nova paralisação dos caminhoneiros em várias regiões do Brasil. Isso porque, foram feitos vários movimentos em grupos de Whatsapp para que ocorresse nova greve pelo país. Além disso, a CNTTL (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logísticas), liga juntamente com a CUT (Central Única dos Trabalhadores) apoiou o movimento.
No entanto, os caminhoneiros estão divididos com relação a fazer ou não uma nova greve que pare o país como já ocorreu. Um dos caminhoneiros que tem representado os caminhoneiros diante do governo, Wallace Landim, disse ao jornal O Estado de S.Paulo, que eles (caminhoneiros) estão sendo alvos de interesses políticos e outras coisas, que os pedidos já estão com data marcada para que sejam atendidos pelo governo brasileiro.
“Temos uma pauta importante, que já está na mesa e que tem data para ser atendida. Temos de ter muita seriedade em relação ao que está sendo feito. O que estão querendo é usar o transportador como massa de manobra para um movimento político”, disse Wallace.
Além disso, o caminhoneiro disse que a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres se comprometeu em divulgar um novo código de identificação da Operação de Transportes. Isto porque, esta é uma ferramenta que ajudará na fiscalização e punição de empresas que contratam caminhoneiros com os preços muito abaixo do mínimo contido na tabela do frete.
Segundo o caminheiro Wallace, outra reivindicação é o reajuste do piso mínimo do frete, na qual espera que o aumento fique entre 14% e 18%. Somado a isso, nas palavras dele, a data marcada com o governo para que as negociações ocorram é no dia 20 de janeiro.
“Concordo que estamos no limite de nossa situação, mas é preciso enxergar que as coisas estão em andamento. Nossa maior crítica hoje é o atravessador, a empresa que está entre o produtor e o caminhoneiro. É preciso eliminar esse atravessador e facilitar a contratação direta do caminhoneiro, seja cooperado ou autônomo”, comentou Wallace.
A CUT tem divulgado diversos vídeos nas redes sociais sobre negação de motivações políticas. “Estão tentando desvirtuar o movimento dos caminhoneiros, com essa história de que se trata de um movimento político. Quem faz isso tenta desmobilizar a classe, é covarde”, afirmou Sandro Cesar, presidente da CUT no Rio de Janeiro, em vídeo distribuído entre os trabalhadores. “Quero saber se tem alguém, em algum lugar desse Brasil, que está feliz com o preço da gasolina, do gás, do óleo diesel. Se tem alguém feliz com isso, deve ter outros interesses.”