Conta de luz tende a ficar mais cara pelos próximos cinco anos
Consumidores irão arcar com empréstimos das concessionárias de energia
A queda de arrecadação gerada pela pandemia do novo coronavírus vem preocupando bastante. Na maioria dos setores, as perdas são evidentes e algumas medidas foram tomadas para tentar minimizar os efeitos da crise. No ramo de energia elétrica isso não é diferente, mas se por um lado haverá uma luz para as empresas, quem sofrerá com as consequências é o consumidor.
A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) anunciou a permissão para a contratação de empréstimos por parte das empresas do setor. Chamada de Conta Covid, a tomada de dinheiro servirá para cobrir a perda de receita que vem sendo causada pela pandemia do Covid-19. Segundo a agência, o prazo para pagamento dos empréstimos será de cinco anos e os valores serão diluídos nas contas de energia dos consumidores.
De acordo com a agência, a perda média na arrecadação de receitas das concessionárias de energia já passou dos 6%. Por conta desta situação, haverá a liberação de mais de R$ 16 bilhões em empréstimos por parte do BNDES. Apesar da conta ter que ser paga pelo consumidor, a Aneel afirma que os empréstimos são benéficos. Caso não houvesse a liberação dos valores, as concessionárias iriam aumentar as tarifas para recuperar as perdas em no máximo doze meses.
Ex-diretor da Aneel é investigado pela Polícia Federal por rombo de R$ 12 milhões
Os mandados de busca e apreensão serão cumpridos em brasília e envolve três investigados
Nesta sexta-feira, a Polícia Federal irá realizar a Operação Elétron, na qual têm como principal objetivo investigar o suposto caso de recebimento de propinas por um ex-diretor da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). Além disso, a PF com o apoio da CGU (Controladoria-Geral da União), os agentes agora cumprem mandados de busca e apreensão em Brasília, na qual três pessoas estão sob investigação.
No entanto, essa investigação não teve início atualmente. Visto que, começou lá em 2016, quando a CGU em uma Nota Técnica identificou irregularidades em diversas decisões que foram tomadas por diretores da Aneel de 2010 e 2013. Além disso, as escolhas dos diretores iam contra os pareceres dos técnicos da agência, na qual beneficiavam empresas do ramo de energia, causando um prejuízo gigantesco de mais de R$ 12 milhões para com o Estado, segundo a controladoria.
Ainda, além disso, foi confirmado pela Polícia Federal e a CGU que mesmo um ex-dirigente tendo deixado a agência sete meses depois, foi nomeado diretor de treze empresas de consultoria na área de energia. Como se não bastasse, esses homem abriu ainda uma empresta de consultoria na área de energia elétrica.
Nos anos de 2014 e 2015 foi identificado pelas investigações que ocorreu um aumento gigantesco de 300% nos depósitos das contas vinculadas ao ex-diretor e sua empresa, com relação nos anos de 2011 a 2013.
Além disso, a CGU ainda afirmou que parte dos valores depositados não consta na declaração de ajuste anual dos dois anos envolvendo o ex-diretor. Agora, juntamente com a Polícia Federal, suspeitam que seja contraprestação pelos benefícios obtidos pelas empresas em face das decisões do atual diretor da Aneel.
Segundo Aneel, em agosto conta de luz terá bandeira tarifária vermelha
A Agência Nacional de Energia Elétrica anunciou que o mês de agosto terá custo adicional
A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), anunciou que em agosto as contas de luz terão bandeira tarifária vermelha patamar 1 em todo o país, o que significa um aumento de R$4,00 para cada 100 quilowatts-hora.
A bandeira tarifária no mês de julho foi amarela, tendo como cobrança extra R$ 1,50 para cada 100 quilowatts-hora.
A bandeira vermelha sinaliza condições mais custosas de geração de energia. Em decorrência do mês de agosto ser típico de secas e tendo a previsão de chuvas abaixo da média histórica, os níveis dos principais reservatórios das hidrelétricas tendem a diminuir. Por conta dessa diminuição ocorre o aumento da geração de energia termelétrica.
Em comunicado, a Aneel informou: “Esse cenário requer o aumento da geração termelétrica, o que influenciou o aumento do preço da energia e dos custos relacionados ao risco hidrológico em patamares condizentes com o da Bandeira Vermelha 1”.
Desde outubro de 2018 a bandeira vermelha não era registrada.