Decretada a falência da Avianca Brasil
Inúmeros problemas financeiros fizeram com fosse decretada a falência da Avianca Brasil
Numa decisão proferida por Tiago Henriques Papaterra Limongi, juiz da 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo, ficou decretada a falência da Avianca Brasil. Assim, os graves problemas financeiros que vinha enfrentando foram cruciais para chegar a este ponto. Entretanto, isso não chega a ser uma surpresa, afinal desde maio de 2019 suas atividades foram suspensas pela ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil).
As dívidas da subsidiária brasileira da Avianca chegaram a quase R$ 3 bilhões, portanto, ficou praticamente impossível manter as portas abertas. Contudo, é importante ressaltar que um pedido de recuperação judicial foi realizado, mas a empresa não conseguiu cumprir os acordos. Desta forma, na última semana um pedido de falência por conta da própria empresa havia sido formalizado.
Após ser decretada a falência da Avianca Brasil, ficou determinado que a empresa entregue no prazo de 60 dias a relação de seus ativos. Em outras palavras, isso significa dizer que deve apresentar bens que possam ser passíveis para o pagamento das dívidas com seus credores. A Avianca Brasil chegou a ocupar o quarto posto de empresas aéreas no Brasil, ou seja, era a quarta maior companhia em operação no país. Além disso, buscava operar de maneira diferente, sempre focando em tarifas de baixo custo.
Aviação brasileira é atingida com força pelo coronavírus
Setor encolheu cerca de 90% durante o estado de pandemia
A pandemia de Covid-19 está afetando o mundo e as consequências disso são os diversos problemas enfrentados nos mais variados setores da economia. Isso já não é uma novidade, mas com o passar dos dias os números vão ficando mais evidentes. No Brasil, um dos setores que mais está sofrendo com o coronavírus é o da aviação.
De acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o mercado aéreo brasileiro sofreu uma retração de 90% em relação ao número de voos. Segundo a agência, a pandemia do coronavírus fez com que os brasileiros desistissem de andar de avião e, consequentemente, a demanda pelos voos acabou por diminuir.
Por outro lado, os principais aeroportos do país seguem operando, apesar do baixo fluxo de passageiros. É evidente que há uma maior rigidez para evitar a transmissão do vírus. As limpezas foram reforçadas, há mais dispensadores de álcool gel, as manutenções nos sistemas de climatização são feitas com mais frequência, há a medição da temperatura das pessoas, dentre outras ações.
Antes de existir a pandemia de Covid-19, a média semanal de voos no Brasil era de 15 mil. Após a existência do coronavírus acabou baixando para cerca de 1200 voos semanais. Isso já vem gerando forte impacto no setor, principalmente na América do Sul, onde empresas aéreas já solicitaram recuperação judicial. Segundo informações colhidas com especialistas, a normalidade no setor de aeroportos e empresas aéreas deverá voltar ao normal somente em dois anos.