Bolsonaro volta a defender o uso da cloroquina
Bolsonaro volta a defender o uso da cloroquina no combate ao coronavírus e diz que as mortes poderiam ter sido evitadas
O presidente da república, Jair Bolsonaro volta a defender o uso da cloroquina como um dos métodos de cura e tratamento contra o coronavírus. Segundo ele, os médicos que receitam o medicamente estão salvando vidas no país.
Bolsonaro falou isso nesta segunda-feira (24), em um evento chamado “Brasil Vencendo a Covid-19”. “Se ela [cloroquina] não tivesse sido politizada, muito mais vidas poderiam ter sido salvas dessas 115 mil que o país perdeu até o momento.”
Além disso, o presidente disse que estudou sobre o medicamento hidroxicloroquina antes defender. “Vi que nos Estados Unidos o FDA aprovou a continuidade dos estudos. Na França, um médico era o cara da cloroquina. Me aprofundei também no que acontecia em outros países do mundo.”
Na época em que Luiz Henrique Mandetta era o ministro da Saúde, Bolsonaro diz ter pedido para que a hidroxicloroquina fosse indicada não só para os casos graves, mas o ex-ministro se recusou. Isso porque, não tinha comprovação científica sobre a eficácia do tratamento usando esse medicamente e até hoje não tem.
“Alguns mudam de médico, eu mudei de ministro. Entrou o [Nelson] Teich e ficou 30 dias, depois, para não ter mais uma mudança, deixei um interino, o Eduardo Pazuello. Os secretários não têm reclamado dele”, disse o presidente.
“O Pazuello resolveu mudar a orientação e botou ali ‘em qualquer situação, receitar-se a cloroquina’, de modo que o médico pudesse ter a sua liberdade.”
Bolsonaro também disse que quem usa o medicamento desde o início possui mais chances de sobreviver, ainda se usou e alguns ministros como exemplo. “Quem tomava a hidroxicloroquina desde o início tinha mais chance”. “Mais de dez ministros que se trataram com a medicação”. “Nenhum foi hospitalizado. Então, está dando certo.”
“Mandetta dizia que não tinha comprovação científica e eu falava: ‘Ora bolas, eu sei que não tem’. Como sempre citei a Guerra no Pacífico, onde o soldado chegava ferido e não tinha mais sangue para receber e os médicos deram para ele água de coco. E deu certo. Aqui a cloroquina é a mesma coisa, mas vi a pressão política em cima de médicos pelo Brasil.” Afirma Bolsonaro.