Bolsonaro fala sobre divergências com Mandetta, ministro da Saúde
“O Mandetta já sabe que a gente está se bicando há algum tempo…”
O presidente Jair Bolsonaro em 2020 tem contrariado seus ministros e sem seguir os especialistas. Em especial, por conta do novo coronavírus, na qual o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, tem feito seu trabalho para combater o Covid-19 e Bolsonaro descumprindo as medidas imposta por ele. Pois, o ministro alerta para que fiquem em casa, mas o presidente sai e vai de encontro a aglomerações, além de ter dito que o vírus se trata de uma “gripezinha”.
No entanto, Bolsonaro disse que não irá demitir Mandetta no meio da “guerra”, em entrevista à Rádio Jovem Pan. Somado a isso, apesar de dizer que não o demitirá agora, o presidente disse que nenhum ministro é “indemissível”. Além de que, falou que falta “humildade” a Mandetta, que falta escutar mais o presidente sobre as decisões para ir contra o coronavírus.
“O Mandetta já sabe que a gente está se bicando há algum tempo. Eu não pretendo demitir o ministro no meio da guerra. Agora, ele é uma pessoa que em algum momento extrapolou.” Disse.
Respota de Mandetta:
A reportagem falou com o ministro, que respondeu: “Eu só trabalho, lavoro, lavoro”. Após isso, somente desligou o telefone.
Jair Bolsonaro:
O presidente disse que não está ameaçando, mas que não existe ninguém indemissível. “Todo mundo pode ser demitido, como cinco já foram embora”. Além disso, falou também que parte do ministério da Saúde foi contagiada pela “histeria”.
Bolsonaro reiterou que trabalha para que haja um equilíbrio entre as decisões do Ministério da Saúde e do Ministério da Economia, para que não tenha conflitos entre ambas as pastas. “Não tem nenhum problema com o Paulo Guedes, mas o Mandetta quer fazer valer muito a vontade dele. Pode ser que ele esteja certo, mas está faltando um pouco de humildade para conduzir o Brasil nesse momento difícil e que precisamos dele para vencer essa batalha com o menor número de mortos possível.”
Bolsonaro foi perguntado sobre os pedidos para que deixe a presidência da república e disse que de sua parte “a palavra renúncia não existe”. “Eu fico feliz por estar na frente de um problema grande como esse”. Disse. Somado a isso, acrescentou também que o impedimento e a Lei de Responsabilidades são ambas de preocupações do governo.