Os irmãos Susanne Klatten e Stefan Quandt, donos de quase metade da BMW, afirmam que não é fácil a responsabilidade de herdar uma riqueza e ainda lidar com a inveja.

Em uma de suas raras entrevistas, Klatten, herdeiro da BMW, disse que: “Muitos acreditam que estamos permanentemente sentados em um iate no Mediterrâneo”, se referindo a partes não tão boas da vida quem possui uma fortuna.

Klatten e Quandt, além de serem donos de boa parte da BMW ainda tem participações em outras empresas. Klatten é a segunda pessoa mais rica da Alemanha, tendo ainda participações nas empresas Altana (química) e SGL Carbono (produtora de carbono). O patrimônio líquido de Quandt é de U$$ 15,5 bilhões, com participações nas empresas Loguin (logística) e Heel (fabricante de remédios homeopáticos). Os dois ainda fazem parte do conselho fiscal da BMW.

Segundo Quandt, não é o dinheiro que os impulsiona, mas acima de tudo a responsabilidade de de garantir empregos na Alemanha. Hoje confortáveis com seus papéis/cargos, os irmãos relatam que foi necessário um esforço para ocupar cargos tão altos sendo tão jovens. Quandt disse ainda que preferia ter trabalhado por alguns anos como um “simples” gerente de produtos ou estudar arquitetura, do que receber seu assento no conselho quando tinha 30 anos.

Um dos herdeiros da BMW, que questiona a lógica dos impostos sobre heranças, Quandt disse: “Meu ponto de partida nunca foi: agora vou mostrar a todos como as coisas devem ser feitas, pelo contrário, foi um questionamento constante associado à insegurança.” Em 1978, depois que a polícia desarmou um plano de sequestro contra ela e sua mãe, Klatten ganhou notoriedade. Ela que é uma das herdeiras da BMW, diz que a redistribuição de renda não funciona e que uma sociedade justa deve permitir que as pessoas busquem oportunidades de acordo com suas habilidades. Klatten ainda acrescentou: “Nosso potencial decorre do papel de ser herdeira e desenvolver isso, trabalhamos duro nisso todos os dias.”