Jovens são os que mais sofrem com o desemprego
Em meio à pandemia, jovens são os que mais sofrem com o desemprego.
Já não é mais novidade que a pandemia do coronavírus vem causando um caos no país. Além dos contaminados e das mortes, a economia também vem sofrendo com estes efeitos e isso acaba refletindo no mercado de trabalho. O número de pessoas desempregados é muito alto, mas os jovens são os que mais sofrem com o desemprego.
De acordo com os dados da Carta de Conjuntura, divulgado nesta quarta-feira (14) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), os jovens com idade entre 18 e 24 anos foram os que mais sentiram o efeito da pandemia do Covid-19. Para se ter uma ideia maior, a taxa de desocupação que no quarto trimestre de 2019 era de 23,8%, passou para 29,8% no mesmo período do ano passado. Isso significa que mais de 4 milhões de jovens sofrem com o desemprego.
Para piorar a situação, o desemprego cresceu para os cidadãos de baixa escolaridade. Para os trabalhadores que não conseguiram concluir o ensino médio, a taxa elevou-se de 18,5% para 23,7% no período recentemente mencionado. Em contrapartida, quem possui ensino superior viu as ofertas de emprego seguirem crescendo, tanto que houve uma alta de 4,7%.
“À medida que os dados das PNADs contínuas foram disponibilizados, o cenário de forte deterioração, que conjuga desemprego elevado e aumento da subocupação e do desalento, foi se tornando cada vez mais evidente, principalmente nos segmentos mais vulneráveis, os jovens e os menos escolarizados, cuja probabilidade de transitar da desocupação e da inatividade para a ocupação, que já era baixa, se tornou ainda menor”, disse a economista Maria Andréia Lameiras.
Alguma saída em 2021?
É notório que os jovens e as pessoas de baixa instrução são as que mais sofrem com o desemprego no país. Apesar de se esperar um aquecimento na atividade econômica em 2021, ainda não será este ano que as coisas irão melhorar. É bem verdade que a taxa de desocupação tende a cair, porém as vagas que devem ser gerados não serão suficientes para suprir o desemprego existente no país.