Pagamentos via WhatsApp são suspensos no Brasil

Banco Central e Cade irão analisar os riscos deste meio de operação
Recentemente, o Facebook anunciou que iria adicionar uma nova funcionalidade ao WhatsApp. Para facilitar a vida de seus usuários, haveria a opção de realizar pagamentos através do aplicativo. Tanto pessoas físicas como pessoas jurídicas iriam se beneficiar da inovação. Contudo, a proposta desenvolvida pela empresa de Mark Zuckerberg durou pouco.
O Banco Central e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) anunciaram a suspensão das transferências e pagamentos realizados através do aplicativo WhatsApp. As entidades já informaram as bandeiras Visa e Mastercard, que eram parceiras e viabilizariam as operações, para cessarem os serviços imediatamente. O BC visa analisar quais os riscos dessas operações e se haveria um funcionamento adequado ao Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB). Já o Cade, acredita que isso possa gerar riscos à concorrência.
“A motivação do BC para a decisão é preservar um adequado ambiente competitivo, que assegure o funcionamento de um sistema de pagamentos interoperável, rápido, seguro, transparente, aberto e barato. O eventual início ou continuidade das operações sem a prévia análise do regulador poderia gerar danos irreparáveis ao SPB notadamente no que se refere à competição, eficiência e privacidade de dados”. afirmou o BC em nota.
Entre as parceiras do WhatsApp na realização dessas operações, estavam o Banco do Brasil, Sicredi e Nubank, além da Cielo, operadora de máquina de cartões. Foi baseada principalmente nesta última empresa que o Cade resolveu barrar, ao menos momentaneamente, as operações digitais da empresa americana.
“Tal base seria de difícil criação ou replicação por concorrentes da Cielo, sobretudo se o acordo em apuração envolver exclusividade entre elas. De qualquer modo, fica evidente que a base de usuários do WhatsApp propicia um potencial muito grande de transações que a Cielo poderia explorar isoladamente, a depender da forma como a operação foi desenhado”, afirmou o conselho.
De acordo com o WhatsApp, as pessoas físicas poderiam realizar transferências e fazer compras através do aplicativo sem ter custos. Cada transação estava limitada a R$ 1 mil, com limite de 20 transações por dia e de R$ 5 mil por mês. Em relação às pequenas empresas, estas deveriam utilizar o aplicativo WhatsApp Business (versão comercial) para receberem pagamentos de clientes com taxa fixa de 3,99%, semelhante ao sistema usado nos cartões de crédito.
Transportadoras sofrem com quedas durante a pandemia do Covid-19

Segundo a CNT, mais de 80% das empresas do ramo estão enfrentando este problema
O setor de transporte é um dos que mais está sendo afetado pela pandemia do Covid-19. Tanto o transporte de passageiros como o transporte de cargas estão enfrentando grandes quedas nos últimos tempos. A baixa na procura pelos serviços acaba preocupando as empresas e isso acaba influenciando diretamente na sua capacidade operacional.
De acordo com a pesquisa realizada pela CNT (Confederação Nacional do Transporte), 80,6% das empresas de transporte tiveram queda em sua demanda nos últimos três meses. Foram ouvidas mais de 600 empresas de transporte de cargas e passageiros entre os dias 5 e 10 de junho, sendo que a situação pode ficar ainda pior com o passar dos dias.
Diante de todo o caos que foi gerado pela pandemia, 64% dos entrevistados afirmaram que já estão enfrentando problemas financeiros. Segundo eles, financiamentos, folha de pagamento dos empregados, tributos e fornecedores são as principais despesas que estão sendo afetadas. Para piorar, 44,8% das empresas que tentaram buscar crédito com as instituições financeiras tiveram seus pedidos negados.
Ainda de acordo com a Confederação Nacional dos Transportes, quase 40% das empresas de transporte já demitiram funcionários, sendo que a tendência é o aumento das demissões nos próximos 30 dias. Isto é dito, pois 30% das empresas informaram que conseguirão operar por apenas mais um mês sem auxílio financeiro.
Endividamento e inadimplência sofrem aumentos em junho

Efeitos da pandemia vem atingindo as famílias brasileiras
Os efeitos da pandemia vêm afetando cada vez mais o brasileiro. Prova disso, é que o percentual de famílias brasileiras endividadas e inadimplentes sofreu um aumento em junho. De acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o percentual de endividados alcançou a marca de 67,1% neste mês, sendo o maior patamar desde 2010, quando a série foi iniciada. Já em relação aos inadimplentes, também houve um acréscimo nos números. A porcentagem atingiu a marca de 25,4% em junho, quase 2% a mais do que no mesmo período do ano passado.
O presidente da CNC, José Roberto Trados, falou sobre o assunto:
“Apesar do contexto negativo em relação ao mercado de trabalho e à renda, a inflação controlada e a queda da taxa Selic são fatores que podem favorecer o poder de compra dos consumidores. Além disso, as transferências emergenciais do coronavoucher também impactam positivamente a renda e o consumo, especialmente dos itens considerados essenciais” – disse.
Segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, os mais afetados foram as famílias de baixa renda. Entre eles, o percentual de endividados cresceu de 67,4% em maio para 68,2% em junho. Em contrapartida, nas famílias que recebem mais de dez salários mínimos, houve queda nos números. Em maio a porcentagem apresentava 61,3% de endividados, já em junho baixou para 60,7%.
*Endividados – Com dívidas, em atraso ou não.
*Inadimplentes – Com dívidas ou contas em atraso.
Consumidores poderão pagar dívidas de até R$1000 por apenas R$100

A ação promovida pela Serasa visa à regularização dos débitos dos consumidores
Desde a última segunda-feira (15), a Serasa iniciou um programa de regularização de débitos dos consumidores. Dívidas que variam de R$200 até R$1000 poderão serem quitadas plenamente pelo valor de R$100. Esta é uma grande oportunidade para diminuir o inadimplemento, entretanto, há restrições para que esses pagamentos sejam realizados.
De acordo com a Serasa, somente dívidas que estão com a empresa “Ativos” poderão serem pagas. A Ativos e a Serasa Limpa Nomes são parceiras e trabalham juntas na regularização dos débitos. Para saber se a sua dívida está entre as que podem serem regularizadas, você deve acessar o site do “Serasa Limpa Nome”. Além disso, também poderá buscar as informações através do aplicativo Serasa para celulares.
Apesar de não especificar quais lojas ou setores serão englobados por este acordo, a Serasa afirmou que mais de 1,5 milhões de consumidores serão beneficiados. Em relação à validade das dívidas, não consta nada sobre prazos. Porém, se ela estiver ativa junto à Ativos, poderá ser regularizada. Segundo o diretor da Serasa Limpa Nomes, esta medida visa auxiliar as pessoas que estão endividadas e sofrendo com o desemprego ou com a redução de renda.
Caixa divulga data para a liberação e saque emergencial do FGTS

Medida visa auxiliar o trabalhador em meio à pandemia
A segunda-feira (15) começou com uma boa notícia para o trabalhador brasileiro. A Caixa econômica Federal liberou a consulta do valor e da data do saque emergencial do FGTS. Cada trabalhador terá o direito de sacar até R$ 1045, seja de conta ativa ou inativa. A medida visa reduzir o impacto financeiro que a população vem sofrendo por conta da pandemia do coronavírus.
O trabalhador poderá consultar o valor do saque emergencial e qual a data em que será creditado através de vários meios. As informações poderão serem buscadas através do site da Caixa, por telefone através do Disque 111, pelo App do FGTS e pelo Internet Banking da Caixa. O acesso às informações começará na próxima sexta-feira (19).
Assim como o auxílio-emergencial concedido pelo governo, a liberação emergencial do FGTS também será feita através da poupança digital da Caixa. As datas para depósitos ou saques seguirá um calendário conforme a data de nascimento. Ao todo, quase 61 milhões de trabalhadores terão acesso ao FGTS. De acordo com a Caixa Econômica Federal, R$ 37,8 bilhões devem ser liberados.
Confira abaixo o calendário de deposito e pagamento do FGTS divulgado pela Caixa:

Agronegócio bate recorde mesmo em meio à pandemia

Setor registrou US$ 10,9 bilhões em exportações apenas em maio
Falar da pandemia do Covid-19 e das crises que por ela foram geradas está cada vez mais corriqueiro. No entanto, alguns setores ainda se mantém fortes mesmo diante de um problema que afeta o mundo inteiro. O agronegócio é um deles e parece que a crise ainda não chegou neste ramo. Ao menos é isso que mostra os dados divulgados pela Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura.
De acordo com os números informados, somente no último mês de maio foram comercializados US$10,9 bilhões em exportações referentes ao agronegócio brasileiro. Isso significa um aumento de 17% em relação ao mesmo período de 2019, sendo o recorde histórico para o mês citado. Num geral, isso corresponde em 60% de tudo que o país exportou em maio.
A soja foi a principal responsável por esses números, correspondendo à US$ 5,2 bilhões das exportações do agronegócio. Itens como carne bovina, açúcar e café verde também tiveram papel importante para o recorde do mês ter sido alcançado. Por outro lado, as importações referentes ao agronegócio recuaram 29% em maio deste ano. Mas não é só isso, as exportações dos demais produtos brasileiros caíram 38% em maio deste ano se comparado ao mesmo período do ano passado.
Mesmo com lucro bilionário, Santander demite funcionários

Banco espanhol também havia assinado um acordo para não demitir ninguém durante a pandemia
A crise econômica gerada pelo coronavírus vem afetando o mundo e no Brasil isso não é diferente. No entanto, alguns setores ainda seguem faturando alto e as instituições financeiras são a prova disso. É bem verdade que algumas quedas de arrecadação podem ter acontecido, mas os lucros seguem existindo. O Santander é um bom exemplo disso.
O banco espanhol faturou 3,8 bilhões de reais somente no primeiro trimestre de 2020. Mesmo assim, isso não foi o suficiente para que demissões fossem evitadas. De acordo com o Sindicato dos Bancários, ao menos 30 funcionários foram demitidos pelo país em meio à pandemia. Os números ainda tendem a aumentar, pois o levantamento dos dados segue sendo realizado.
Outro ponto surpreendente referente a esta ação foi que o banco, assim como outras instituições financeiras, havia assinado um acordo para não demitir funcionários e meio à pandemia. Em contrapartida, alega que a validade deste acordo seria até maio e que em junho passou a reavaliar o nível de produtividade das equipes.
Para Rita Berlofa, diretora executiva do Sindicato dos Bancários de São Paulo e funcionária do Santander, as alegações não são convincentes. Segundo ela, a postura do banco não está sendo uniforme com as outras unidades dos 150 países onde atua. Para piorar, o Sindicato ainda afirma que o banco tem forçado o retorno ao trabalho presencial durante a pandemia.
Auxílio emergencial será estendido por mais dois meses

Entretanto, valor das futuras parcelas segue indefinido
Em meio à crise gerada pela pandemia do Covid-19 e a alta no número de desemprego, o governo precisou agir para tentar amenizar os problemas. Uma das medidas que mais beneficiaram a população foi o auxílio emergencial. Este benefício tem o valor de R$ 600 (ou R$ 1200 para mães chefes de família que tenha filhos menores de idade) e é válido por três meses.
Contudo, os casos de contaminação e morte por conta do coronavírus seguem aumentando no Brasil. Diante desta situação, o Ministro Paulo Guedes confirmou a prorrogação do auxílio emergencial por mais dois meses. No entanto, ainda não se sabe se o valor de R$ 600 será mantido, pois há uma discussão sobre o assunto e a tendência é que seja reduzido para R$ 300.
Por outro lado, os parlamentares não ficaram satisfeitos com esta possível redução nos valores, o que levou o presidente Jair Bolsonaro se pronunciar.
“A ideia da equipe econômica, e minha também, é de duas parcelas de R$ 300. Tem parlamentar que quer R$ 600. Se tirar dos salários dos parlamentares, tudo bem, por mim eu pago até R$ 1.000”. O presidente ainda completou: “Não podemos deixar esse pessoal sem emprego e sem auxílio. Agora, auxílio tem limite. Não tem possibilidade de a nossa dívida continuar crescendo dessa maneira”.
Até o momento, duas parcelas do auxílio emergencial foram pagas aos beneficiários. Já o pagamento da terceira parcela, começará no próximo dia 17 de junho para os beneficiários do Bolsa-Família. A ordem será de acordo com o final de cada NIS (Número de Identificação Social). Já as datas dos demais beneficiários ainda não foram divulgadas, porém a expectativa é que isso se torne público até a próxima quinta-feira (11).
Bancos não abrirão no feriado de Corpus Christi

A Febraban foi quem emitiu o comunicado
Em meio a uma pandemia pode até parecer estranho se falar em feriado, mas nesse aspecto o calendário não pode mudar. Diante desta situação, a Febraban (Federação Brasileira de Bancos) comunicou que os bancos não irão abrir na próxima quinta-feira (11) por conta do feriado de Corpus Christi. Isso também afeta as agências de municípios que anteciparam o feriado em virtude do coronavírus.
Em nota, a Febraban disse que “essa situação será observada em todos os municípios brasileiros, inclusive naqueles que eventualmente implementaram alguma forma de antecipação desse feriado em virtude do combate à pandemia”. Sendo assim, não haverá atividade bancária em nenhuma cidade do país.
Com as agências fechadas, os sistemas de transferência de reservas (STR), sistema especial de liquidação e de Custódia (Selic) e taxas de câmbio ficarão sem atividades. Vale lembrar que a não abertura dos bancos não acarretará em nenhum ônus à população. Os vencimentos (boletos, dentre outros) que aconteceriam no dia 11, quinta-feira, terão os prazos prorrogados para sexta-feira (12). Já os caixas eletrônicos, aplicativos de celular e movimentações pela internet, seguirão funcionando conforme situações anteriores.
Aviação brasileira é atingida com força pelo coronavírus

Setor encolheu cerca de 90% durante o estado de pandemia
A pandemia de Covid-19 está afetando o mundo e as consequências disso são os diversos problemas enfrentados nos mais variados setores da economia. Isso já não é uma novidade, mas com o passar dos dias os números vão ficando mais evidentes. No Brasil, um dos setores que mais está sofrendo com o coronavírus é o da aviação.
De acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o mercado aéreo brasileiro sofreu uma retração de 90% em relação ao número de voos. Segundo a agência, a pandemia do coronavírus fez com que os brasileiros desistissem de andar de avião e, consequentemente, a demanda pelos voos acabou por diminuir.
Por outro lado, os principais aeroportos do país seguem operando, apesar do baixo fluxo de passageiros. É evidente que há uma maior rigidez para evitar a transmissão do vírus. As limpezas foram reforçadas, há mais dispensadores de álcool gel, as manutenções nos sistemas de climatização são feitas com mais frequência, há a medição da temperatura das pessoas, dentre outras ações.
Antes de existir a pandemia de Covid-19, a média semanal de voos no Brasil era de 15 mil. Após a existência do coronavírus acabou baixando para cerca de 1200 voos semanais. Isso já vem gerando forte impacto no setor, principalmente na América do Sul, onde empresas aéreas já solicitaram recuperação judicial. Segundo informações colhidas com especialistas, a normalidade no setor de aeroportos e empresas aéreas deverá voltar ao normal somente em dois anos.