Governo afirma que auxílio emergencial não será permanente
Se isso acontecesse, iria comprometer seriamente a política fiscal do país
Na última segunda-feira (11), o secretário de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, Carlos da Costa, deu uma declaração informando que o auxílio emergencial de R$ 600 poderia ser prorrogado até o final da pandemia. Segundo ele, o governo vem estudando se esta e outras medidas deveriam durar apenas os três meses previstos ou deveriam ir sendo retiradas de maneira gradual.
Contudo, nesta terça-feira (12), o Ministério da Economia emitiu um comunicado onde diz que o auxílio emergencial não pode ser permanente. Caso isso ocorresse, iria comprometer a política fiscal do país.
“Sobre as notícias de que o programa de auxílio emergencial pode ser permanente, o Ministério da Economia esclarece que tem tomado medidas de caráter temporário para combater os efeitos da pandemia. As despesas criadas neste momento de excepcionalidade não devem ser transformadas em permanentes para não comprometer a recuperação das contas públicas a partir de 2021 e nem a trajetória sustentável da dívida pública. O compromisso com o teto de gastos dá credibilidade e promove investimentos que criam empregos e faz com que o governo onere cada vez menos a sociedade”, diz a nota.
Enquanto existe a dúvida sobre a prorrogação ou não do benefício, a segunda parcela dos R$ 600 segue sem calendário para pagamento. O depósito, antes previsto para a segunda quinzena de abril, ainda depende de aprovação do governo para ser liberado.
Safra 2019/20 teve acréscimo na tomada de crédito
Em relação à safra anterior, agricultores acumularam um acréscimo de 12% nos pedidos de crédito
O Ministério da Agricultura divulgou os dados de crédito referente a safra 2019/20 e houve aumento na solicitação. De julho de 2019 até abril deste ano, os financiamentos feitos pelos produtores rurais alcançaram a marca de R$156,6 bilhões. Se comparado com o mesmo período da safra anterior, houve um acréscimo de 12%.
De acordo com os dados divulgados pelo ministério, os produtores de médio porte contrataram R$ 20 bilhões para as despesas de custeio de suas lavouras, ou seja, para o período entre o plantio e a colheita. Já em relação aos agricultores familiares, o valor de financiamento de crédito alcançou a marca de R$ 12 bilhões.
Outro ponto que teve alta foi o do setor de investimentos. Neste período, os produtores rurais tomaram R$ 42 bilhões em financiamento, o que representa 19% a mais que no mesmo período da última safra. Por outro lado, os financiamentos para comercialização tiveram uma queda de 14% segundo o Ministério da Agricultura.
Caixa deve anunciar hoje as datas para o pagamento da segunda parcela do auxílio emergencial
Antes previsto para abril, o pagamento da segunda parte virou uma incógnita
O programa de auxílio emergencial criado pelo Governo Federal chegou num bom momento para as famílias que tiveram perdas em suas rendas por conta da pandemia do COVID-19. Os R$ 600 que os beneficiários estão recebendo visam auxiliar principalmente na manutenção básica, como compra de alimentos e produtos de higiene. Ao todo, serão depositadas três parcelas do valor mencionado para cada cidadão que faz jus a perceber o benefício.
Por outro lado, muita confusão vem sendo registrada por conta dos pagamentos dos R$ 600. A primeira parcela já foi paga para a maioria das pessoas (alguns ainda estão com o pedido em análise), mas dúvidas sobre o segundo depósito vem gerando questionamentos. Antes previsto para a segunda quinzena de abril, foi adiado e não se teve mais informações de quando seria efetuado. Entretanto, há uma boa notícia para os beneficiários.
A Caixa deve anunciar ainda hoje (8) o calendário de pagamento da segunda parcela do auxílio emergencial. Também deverá haver uma ampliação nas datas do pagamento, pois o que se viu com o primeiro depósito foram muitas filas nas agências. A instituição financeira crê que na próxima semana os valores comecem a ser pagos. No total, 96 milhões de brasileiros solicitaram o auxílio, sendo que 50 milhões tiveram seus pedidos aprovados e 12 milhões ainda estão em análise.
Banco do Brasil tem queda nos lucros no primeiro trimestre
Em comparação ao primeiro trimestre do ano passado, a perda chega a 20%
A pandemia causada pelo coronavírus vem afetando os mais diversos setores. Isso influencia diretamente na questão econômica do país. Prova disso é que o Banco do Brasil teve uma queda de faturamento de 20% no primeiro trimestre em comparação com o mesmo período do ano passado. Mesmo assim, o banco ainda faturou R$ 3,2 bilhões nos três primeiros meses.
Por outro lado, apesar de ter uma queda nos lucros, o banco destaca que a geração de negócios permaneceu forte. Houve um crescimento de 15,4% no primeiro trimestre, comparação feita também com os primeiros três meses de 2019.
“Esse cálculo é composto pelo produto bancário e pelas despesas operacionais totais, não sofre os efeitos das provisões. Os principais vetores desse resultado foram o crescimento da carteira de crédito e o incremento nas rendas com prestação de serviços” – diz em nota.
Outro dado importante divulgado pelo Banco do Brasil faz referência a empréstimos e prorrogação de créditos. No curto período entre 16 de março e 30 de abril, foram desembolsados mais de R$ 98 bilhões para essas operações. Pequenas, micro e grandes empresas também utilizaram as linhas de crédito do banco para enfrentar a pandemia causada pelo coronavírus.
Procedimento de arbitragem é aberto contra Boeing
Embraer tomou a decisão após rescisão de contrato que formaria uma joint venture entre as empresas
Não demorou muito para a Embraer tomar providências contra a Boeing. A fabricante de aeronaves brasileira informou ontem (27) que já iniciou os procedimentos de abertura de arbitragem em relação à rescisão contratual que formaria uma joint venture entre as empresas. A informação foi publicada na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
“A Embraer S.A. (EMBR3 e ERJ) informa a seus acionistas e ao mercado que procedimentos arbitrais foram iniciados acerca da rescisão do Acordo Global da Operação (Master Transaction Agreement – MTA) celebrado com a The Boeing Company”, diz a nota.
Após a Boeing anunciar que não iria seguir com o acordo, a Embraer se manifestou falando que buscaria os direitos que possuía. Nesse começo de embate, a arbitragem foi a medida escolhida, sendo um meio paralelo de resolução de conflitos que não envolve o poder judiciário. Normalmente, os contratos estipulam um juízo arbitral para tentar resolver as lides fora da esfera judicial. Até o momento, não há informações concretas sobre uma possível judicialização do caso.
Entenda melhor a história
A Boeing, uma das maiores fabricantes de aviões do mundo, havia anunciado a compra de 80% da Embraer pelo valor de US$4,2 bilhões. Desta compra, resultaria uma parceria em relação à aviação comercial, sendo que a empresa brasileira continuaria à frente da aviação executiva e militar. Contudo, a gigante americana anunciou na última semana que iria rescindir o contrato por não haver o cumprimento de algumas exigências.
Por outro lado, a Embraer alega que todas as exigências foram cumpridas e que a Boeing estava apenas tentando fugir de suas obrigações. Segundo informações, os recentes problemas relacionados ao modelo 737-MAX e a crise gerada pelo coronavírus seriam alguns dos motivos reais para a gigante norte-americana desistir do negócio.
Boeing rescinde contrato de compra da Embraer
Empresa americana alega o não atendimento às condições necessárias para realizar o negócio
A Boeing, anunciou no último sábado (25), a rescisão do contrato de compra de parte da Embraer. O acordo, que estava na casa dos US$ 4,2 bilhões, envolvia a aviação comercial da empresa brasileira. A alegação da gigante americana é que não houve o cumprimento das exigências que existia entre ambos.
Em nota, a Boeing informou que “exerceu seu direito de rescindir o contrato após a Embraer não ter atendido às condições necessárias”. Segundo o presidente da empresa, Marc Allen, a não realização do negócio é uma decepção profunda. Entretanto, não houve mais detalhes sobre quais exigências não haviam sendo cumpridas.
Por outro lado, a Embraer negou qualquer pendência em relação ao acordo comercial que foi feito. Além disso, alegou que vai buscar na justiça medidas contra o cancelamento do contrato, que a seu ver é indevido. Em nota divulgada, a empresa brasileira afirmou que a Boeing “fabricou falsas alegações como pretexto para tentar evitar seus compromissos e fechar o negócio de US$ 4,2 bilhões”. Ainda no comunicado, disse que “a Boeing adotou um padrão de atraso devido à falta de vontade em concluir a transação”. A empresa brasileira ainda reafirmou que cumpriu todas as exigências previstas no acordo.
A união das empresas iria resultar na Boeing Brasil Comercial, onde os americanos seriam donos de 80% da aviação comercial da Embraer, que continuaria à frente da aviação executiva e do setor militar.
Comércio de São Paulo planeja reabertura de portas
A solicitação será feita ao governo do Estado após empresários temerem impacto negativo na economia
Em algumas localidades do país, já está havendo uma flexibilização para a abertura do comércio após o fechamento por conta da pandemia do coronavírus. Em São Paulo, a Federação das Associações Comerciais do Estado São Paulo (Facesp) e a Associação Comercial de São Paulo (ACSP) vão pedir esta semana ao governo estadual para que as atividades sejam retomadas de maneira parcial a partir de 1º de maio.
De acordo com as duas entidades, a não abertura do comércio, que era prevista para ontem (22), acarretará na não circulação diária de 1 bilhão de reais. Isso traria um enorme prejuízo à economia e poderia causar uma onda de demissões. Abaixo, confira parte da nota emitida pela Facesp e ASCP.
“Evidentemente obedecendo as devidas regras de segurança para evitar que os efeitos da pandemia do novo coronavírus (covid-19), que já afetam a saúde de milhares de pessoas no Brasil, não se perpetuem na economia. Queremos comemorar o Dia do Trabalho trabalhando.”
Ainda segundo a Facesp e ASCP, a medida é necessária para garantir a manutenção das empresas e não haver perda de empregos. Além disso, visa também a continuidade dos serviços efetuados por trabalhadores informais.
Coronavírus: Ministro da Economia sugere venda de estatais
Paulo Guedes afirma que com esta ação haverá um equilíbrio nas contas por conta dos gastos com o COVID-19
A crise econômica vem assolando o mundo por conta da pandemia causada pelo coronavírus. Por conta disso, o Ministro da Economia, Paulo Guedes, defendeu a venda de estatais e ativos. Com os recursos vindos desta ação, o governo poderia pagar à vista dívidas de um possível endividamento causado pela pandemia. Atualmente, a expectativa é que os gastos para combater o Covid-19 e para ajudar a economia possam chegar aos 700 bilhões de reais.
Guedes também falou sobre a perspectiva de crescimento e recuperação na economia. De acordo com o ministro, um dos sinais que a economia segue viva é o fato das exportações para a China se manterem. Além disso, afirmou que o crescimento econômico poderá ser acelerado se, no segundo semestre, forem retomadas as votações para as reformas administrativas e tributárias.
Em sua entrevista, que foi concedida a um banco de investimentos, o ministro também criticou a Câmara dos Deputados por terem aprovado um projeto de lei que prevê o repasse de R$ 89 bilhões para ajudar estados e municípios. A PL foi encaminhada ao Senado e aguarda votação.
Mais de 1,7 milhão de empregos preservados no país
Esse número foi divulgado pelo Ministério da Economia
A MP (Medida Provisória) da Renda Emergencial foi umas das medidas que mais favoreceram a população nesse período de crise. Já foram preservados mais de 1,7 milhão de empregos através de acordos que foram feitos por conta do Programa de Renda Emergencial, que foi criado pela MP 936/2020. Os dados são da Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência (Dataprev) e foram divulgados ontem (15) pelo Ministério da Economia.
De acordo com o ministério, “o programa prevê a concessão de Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda aos trabalhadores que tiverem jornada reduzida ou contrato suspenso e ainda auxílio emergencial para trabalhadores intermitentes com contrato de trabalho formalizado.”
O valor do benefício emergencial no caso de suspensão do contrato de trabalho é o mesmo do seguro-desemprego que o trabalhador iria receber caso fosse demitido. Em caso de redução da jornada de trabalho, a União pagará proporcionalmente à redução de horas, também se baseando no valor do seguro desemprego. O valor total a ser aplicado nesses benefícios tendem a alcançar R$ 51,2 bilhões.
Pandemia do coronavírus afeta diretamente a renda de 50% dos brasileiros
A pesquisa foi realizada por telefone pelo Instituto Locomotiva
Já não é mais novidade que a pandemia do coronavírus vem afetando o planeta, logo, isso afeta diretamente a população. Aqui no Brasil, ao menos 50% dos brasileiros tiveram sua renda familiar afetada por conta do Covid-19. A pesquisa, feita pelo Instituto Locomotiva, ouviu 935 pessoas com mais de 16 anos e de 72 municípios do país.
Dentre os que sofreram com o impacto no orçamento familiar, 52% têm 50 anos ou mais, 48% possuem ensino superior completo e 38% moram na Região Sudeste. Outro ponto importante destacado na pesquisa foi em relação a empresas e dispensa de empregados. De acordo com o Instituto, houve uma dispensa temporária de 16% dos trabalhadores e 57% das empresas e negócios não estão trabalhando durante a quarentena. O índice dos que continuam trabalhando normalmente alcança os 37%, já 47% declaram estar trabalhando no sistema home Office por conta da pandemia do novo cooravírus.
Mesmo em meio ao caos e a crise econômica, existe uma boa notícia. Já está sendo pago o auxílio emergencial para os cidadãos que cumpriram os requisitos da medida provisória que trata do assunto. Ao todo, serão pagas três parcelas de 600 reais (podendo chegar a 1200 reais) que servem para auxiliar nas despesas de quem vem enfrentando os problemas causados pelo coronavírus.