Vendas do varejo devem apresentar queda no Dia das Mães em São Paulo
Ainda sob efeitos da pandemia, as vendas do varejo em São Paulo devem apresentar queda no feriado de Dia das Mães.
O país vem sofrendo há mais de um ano com a pandemia, o número de mortos não para de aumentar e a economia vem sofrendo com as consequências disso tudo. Um dos feriados mais importantes do ano é o do Dia das Mães, mas nem ele será animador em 2021. De acordo com as projeções divulgadas pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), as vendas do varejo em São Paulo devem apresentar queda.
Entre os setores que mais devem ser atingidos neste feriado de Dia das Mães estão os de lojas de móveis e decoração, com a queda nas vendas podendo alcançar 17,7% em relação a maio de 2020 e de 32,5% em comparação ao mesmo período de 2019. As vendas do varejo em relação à eletrodomésticos e eletrônicos também devem apresentar uma queda significativa em São Paulo. A retração pode chegar à 8,2% em relação a 2020 e 24,4% se comparado com 2019.
“A pesquisa apresenta um cenário de desconfiança e preocupação das famílias, que veem, de um lado, o auge da crise de covid-19 no país e, de outro, o declínio de suas condições econômicas – com aumento do endividamento, da inflação e do desemprego e, em paralelo, queda da renda. E, se o auxílio emergencial surge como um alento para a manutenção do consumo, a projeção também mostra a fragilidade conjuntural que existe para além dele”, diz o comunicado da FecomercioSP.
Vestuário e calçados devem apresentar números positivos
No geral, as vendas do varejo em São Paulo devem apresentar grande queda no feriado de Dia das Mães, porém alguns setores devem “se salvar”. Conforme divulgado pela FecomercioSP, as lojas de vestuário, tecidos e calçados tende a ter aumento em suas vendas se comparado com o ano passado, podendo chegar em 12,6%. Por outro lado, o que parece animador, ainda preocupa se comparado com o último Dia das Mães antes da pandemia. As vendas deste ano tendem a ficar 59,9% abaixo do que foi comercializado em 2019.
Aumento no número de famílias endividadas
Mês de abril registrou um aumento no número de famílias endividadas.
O Brasil vem enfrentando há mais de um ano uma pandemia devastadora, que além de tirar vidas prejudicou seriamente a economia do país. Não são poucos os relatos de empresas e comércios fechando as portas, sem contar as inúmeras demissões que acabaram acontecendo. A falta de emprego é um dos principais responsáveis pelo aumento no número de famílias endividadas (com dívidas em atraso ou não).
De acordo com os dados divulgados pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o mês de abril alcançou a marca de 67,5% de famílias endividadas no país, ou seja, um aumento de 0,2% em relação a março. Este é o maior percentual registrado desde agosto do ano passado, quando também atingiu a marca de 67,5%.
Quando se trata de inadimplência, ou seja, famílias endividadas/possuem dívidas em atraso, o percentual apresentou uma ligeira queda. Em abril deste ano, foi registrado 24,2% de famílias que possuem contas em atraso, menor que os 25,3% registrados no mesmo período do ano passado e os 24,4% que foram registrados no mês de março deste ano. O que chama a atenção é que esta foi a menor taxa de inadimplência desde que a pandemia começou.
Em relação às famílias endividadas que não terão condições de pagarem suas dívidas, os dados do CNC alcançaram 10,4% em abril, 0,1% abaixo do que foi apresentado em março. Contudo, isso representa um aumento de 0,5% em relação ao mesmo período do ano passado. O maior vilão do endividamento familiar é o cartão de crédito, sendo que 80,9% das famílias brasileiras possuem débitos deste tipo.
Tecnologia fez governo economizar mais de R$ 300 milhões
Avanço da tecnologia faz o governo economizar mais de R$ 300 milhões.
Já não é mais novidade que a tecnologia é algo que vem evoluindo a cada dia que passa e quem está a se beneficiar disso é o governo federal. Na última semana, o Ministério da Economia divulgou o vencedor da licitação que envolvia os serviços de computação em nuvem. A vencedora foi a Extreme Digital Solutions, sendo que a compra dos serviços mencionados custou aos cofres da União R$ 66 milhões. Pode parecer um valor bastante alto, mas este avanço da tecnologia fez o governo economizar R$ 304 milhões.
A estimativa de gasto com esta licitação era de R$ 368 milhões, ou seja, houve uma economia de mais de R$ 300 milhões. De acordo com a Secretaria Especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia, a computação em nuvem ajudará a transformação digital do governo, ou seja, todo o arquivo que estiver em nuvem poderá ser acessado pelos órgãos competentes através de estações de trabalho, tablets, smartphones, etc.
Como visto, a tecnologia fez o governo economizar mais de R$ 300 milhões e os serviços de computação em nuvem irão auxiliar os cinquenta e dois órgãos federais. Com este avanço tecnológico, os serviços e as funcionalidades poderão ser ajustados conforme as necessidades de cada órgão, sem a necessidade de interação com o provedor dos serviços.
Tecnologia e economia são aliadas do governo federal
Desde o final do ano passado o governo vem tentando modernizar os seus sistemas de operação e trabalho, sempre visando uma maior eficiência. Em dezembro, por exemplo, a compra centralizada de softwares para o governo federal fez o Ministério da Economia economizar mais de R$ 10 milhões. A tendência é que haja novas mudanças, pois com os avanços tecnológicos a economia poderá ser ainda maior, sem contar que eficiência dos órgãos deverá superior em relação à atual.
Geração de emprego: quase 200 mil postos de emprego foram gerados em março
De acordo como Caged, a geração de emprego em março alcançou quase 200 mil postos.
Já não é mais novidade que o país vem vivendo um momento bastante conturbado por conta da pandemia do Coronavírus. No entanto, uma boa notícia acabou surgindo nesta semana. De acordo com o Ministério da Economia, em dados divulgados através do Estatísticas Mensais do Emprego Formal, o Novo Caged, quase 200 mil postos de emprego foram gerados em março. Os números satisfizeram o ministro da economia, Paulo Guedes, que afirmou que a vacinação tem influência direta nisso.
“Ao contrário da primeira onda [da pandemia de covid-19] que nos atingiu no ano passado e destruiu 276 mil empregos em março, a nossa reação à segunda onda, agora, foi a criação de 184 mil novos empregos no setor formal. E o grande destaque é o setor que tinha sido mais golpeado durante toda a pandemia, o setor de serviços, com praticamente a metade, 95 mil empregos formais. O último setor da economia que estava no chão se levantou”, afirmou o ministro.
Os números mostram que ao todo, foram gerados 184.140 postos de trabalho em março deste ano. Chega-se ao número através do cálculo básico entre admissões e demissões dentro do período estipulado. Neste caso, foram 1.608.007 admissões contra 1.423.867 desligamentos em empregos com carteira assinada, ou seja, postos de trabalho considerados formais. Contabilizando todo o período de 2021 (até março), existe um saldo positivo de 837.074 postos de empregos formais, que decorrem de 4.940.568 admissões e de 4.103.494 demissões.
Em março, postos de emprego foram gerados em todas as regiões do país
Dentre os dados divulgados no Novo Caged, o que mais chamou a atenção foi que todas as regiões do país acabaram gerando empregos formais, sendo que a média salarial nessas admissões foi superior a R$1.800,00 (mil e oitocentos reais). Além disso, em 24 das 27 unidades da Federação foram gerados postos de trabalho.
Entre os estados que mais criaram postos de trabalho em março estão São Paulo, Minas Gerais e Santa Catarina, com 50.940, 35.592 e 20.729 vagas. Por outro lado, os estados de Alagoas, Pernambuco e Ceará, todos no Nordeste, acabaram indo na contramão, ou seja, houve mais demissões do que contratações em março. Foram fechados 8.310, 2.762 e 1.564 postos de trabalho, respectivamente.
Primeiro parecer da Reforma Tributária
De acordo com o presidente da Câmara, primeiro parecer da Reforma Tributária deverá ser apresentado até a próxima segunda-feira.
A Reforma Tributária é uma das principais metas a ser cumprida pelo governo federal e uma declaração do presidente da Câmara, o deputado Arthur Lira, chamou a atenção. Após conversa com o ministro da Economia, Paulo Guedes, o parlamentar afirmou que o primeiro parecer da Reforma Tributária deverá ser apresentado no máximo até a próxima segunda-feira (3). O ofício já foi enviado ao deputado Agnaldo Ribeiro (PP-PB), relator da reforma tributária na comissão especial.
“Eu entreguei ao ministro um ofício endereçado ao relator da matéria, o deputado Aguinaldo Ribeiro, dando um prazo máximo até o dia 3 de maio, para que nós tenhamos acesso ao relatório. Para que possamos, o Brasil como um todo, discutir esse assunto”, disse o presidente da Câmara.
Reforma Tributária poderá ser votada por partes
Outro ponto que chamou a atenção nas declarações de Arthur Lira é que a Reforma Tributária poderá ser votada por partes. Isso significa que a votação iria começar por trechos menos polêmicos, buscando sua aprovação aos poucos. De qualquer forma, o presidente da Câmara deixou claro que qualquer mudança será debatida entre os parlamentares e o governo.
“Nós não vamos aqui, absolutamente, discutir qual foi a nossa conversa com o ministro, mas o que posso garantir é que nós vamos marchar passo a passo. Discutindo essa reforma pelo que nos une, pelo que é consensual, de maneira organizada, com os líderes da casa, com o governo, com o relator, com o Senado”, afirmou Lira.
Sem prazo para a votação
Como visto, Arthur Lira garantiu que o primeiro parecer da Reforma Tributária deverá ser apresentado até a próxima segunda-feira. Por outro lado, isso não significa que a votação tenha um prazo para começar e terminar, pois muitos debates deverão ser realizados para encontrarem as melhores saídas para que a reforma seja benéfica para o país.
“Estamos aqui ratificando que o interesse da Câmara é justamente voltar, discutir com serenidade, com transparência, amplitude, com debate claro, a reforma tributária que o Brasil tanto precisa. Isso junto com todos os líderes, com o relator, o governo e o Senado participando também”, concluiu o deputado.
Serasa Limpa Nome dá desconto no pagamento de dívidas
Ação Serasa Limpa Nome pode dar desconto de até 90% no pagamento de dívidas.
A pandemia da Covid-19não só vem tirando vidas, mas também vem interferindo diretamente na economia do país. Isso acabou atingindo diretamente a população e o número de inadimplentes é muito grande. No entanto, o devedor terá uma grande oportunidade para quitar ou renegociar os débitos existentes. Em uma ação da Serasa Limpa Nome, os devedores terão desconto de até 90% no pagamento de dívidas.
De acordo com a Serasa, cinquenta empresas irão participar desta ação, onde o parcelamento das dívidas começa com valores a partir de R$9,90. A ação da plataforma Serasa Limpa Nome, que não tem prazo para terminar, visa diminuir o número de inadimplentes, que saltou de 61,56 milhões em fevereiro para 62,56 milhões em março. Dentre os estados que possuem o maior número de devedores estão São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia e Paraná, sendo que a média de débitos é de R$ 3.903,73.
“Em nossa plataforma de negociação, Serasa Limpa Nome, disponibilizamos milhões de ofertas com descontos de até 90% e opções de parcelamento, parte dela começando por R$ 9,90. Sabemos a importância desse serviço em um momento tão difícil e queremos estar ao lado dos brasileiros no processo para se conquistar uma vida financeira mais saudável”, disse Matheus Moura, gerente de marketing da Serasa.
Como participar
Conforme divulgado pela Serasa, as negociações acabam acontecendo em poucos minutos e o cliente realmente percebe o desconto no pagamento de dívidas ou no parcelamento das mesmas. Para participar da ação Serasa Limpa Nome e buscar mais informações, os devedores deverão acessar os seguintes canais: site serasalimpanome.com.br, aplicativo Serasa no Google Play e na App Store, além do Whatsapp no número 11-99575-2096 e por ligação gratuita para 0800 591 1222.
Produção no setor mineral apresentou crescimento
Dados do primeiro trimestre indicam crescimento na produção do setor mineral.
O Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) divulgou os dados da mineração no país no primeiro trimestre de 2021. De acordo com o instituto, o setor mineral apresentou um grande crescimento se comparado ao mesmo período do ano passado. Entre os meses de janeiro e março, a produção comercializada alcançou a marca de 227 milhões de toneladas, 15% a mais em comparação aos mesmos meses de 2020.
Em números, isso significa dizer que o setor mineral acabou faturando R$ 70 bilhões, ou seja, uma alta de 95%, pois o faturamento neste mesmo período no ano passado foi de R$ 36 bilhões. Apesar do país e do mundo estarem enfrentando uma séria pandemia, alguns fatores acabaram contribuindo para que houvesse crescimento na produção do setor mineral.
“As principais razões desse aumento substancial no faturamento são o crescimento da China, a alta dos preços no mercado internacional, de uma maneira geral, e a desvalorização do real”, disse Wilson Brumer, presidente do Conselho Diretor do Ibram.
Em relação ao tipo de minério, o ferro corresponde a 70% da produção no setor mineral nos primeiros três meses do ano. Logo em seguida, aparecem o ouro, o cobre e a bauxita, que correspondem, respectivamente, a 11%, 5% e 2%. Atualmente, o Brasil é o segundo maior produtor de ferro do mundo, ficando atrás apenas de Austrália, país que fica na Oceania.
Produção regionalizada
Como visto, a produção no setor mineral brasileiro apresentou um crescimento considerável no primeiro trimestre. Entre os principais produtores de minério, estão os estados de Minas Gerais, Pará, Bahia e Mato Grosso. Em solo mineiro, o faturamento de R$ 28 bilhões representou uma alta de 118%. Já no estado do Norte do país, o faturamento foi de R$ 31 bilhões, ou seja, um aumento de 94%. Enquanto isso, na Bahia e no Mato Grosso, cujo o faturamento foi de R$ 2 bilhões e R$ 1,4 bilhões, respectivamente, também houve crescimento acima dos 90%.
Investimento no setor energético
Setor energético brasileiro deverá receber R$ 3 trilhões em investimento até 2030.
No último domingo (18), o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, concedeu uma entrevista à TV Brasil e abordou assuntos variados sobre a pasta em que comanda. Dentre os temas, Albuquerque falou sobre a diversidade da matriz energética no Brasil, a produção de petróleo e gás, a mineração e a capitalização da Eletrobras, mas não foi só isso. Um assunto acabou se destacando dos demais e trata-se do investimento no setor energético.
De acordo com o ministro, o setor energético brasileiro deverá receber R$ 3 trilhões em investimento até 2030. Ainda afirmou que este tipo de coisa apenas irá acontecer, pois o Brasil tem atratividade, diversidade de fontes de energia e segurança jurídica e regulatória. Este conjunto de fatores possibilita que ano após anos os investimentos sigam acontecendo.
“O maior investimento realizado no país tem sido no setor de energia, seja no setor de petróleo, gás e biocombustíveis, seja no setor elétrico. São investimentos bilionários – nos próximos dez anos, devemos ter investimentos da ordem de R$ 3 trilhões, e isso tem ocorrido ano a ano. Investimentos estão sendo feitos de centenas de bilhões de reais nos últimos dois anos, e teremos aí mais outros R$ 2,5 trilhões até 2030”, disse o ministro.
Referência em energia renovável
Outro ponto que merece destaque é no que tange à energia renovável, pois hoje o país é tido como referência internacional, sendo reconhecido, inclusive, pelas Nações Unidas. Segundo Bento Albuquerque, atualmente, 83% da energia brasileira é renovável e, considerando também a chamada energia limpa, o índice alcança a marca de 85%. Para se ter uma noção maior, a média da produção dos países que fazem parte da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) é de 25%.
“O Brasil foi convidado, por exemplo, para liderar um grupo de países na transição energética, e nós vamos apresentar o nosso trabalho na Assembleia Geral das Nações Unidas em setembro. Então, o Brasil é uma referência no mundo, e a energia é estratégica para qualquer país, ainda mais no momento em que o mundo vive uma transição energética para uma economia de baixo carbono”, afirmou Albuquerque.
Investimento na mineração
O ministro Bento Albuquerque considera baixo o índice de 0,7% quando se trata de exploração de riquezas minerais. Explicou que o país tem um grande potencial na área e que pode explorar muito mais. Apesar dos investimentos não serem os mesmos do setor energético, afirmou que há investimento na mineração e nos próximos anos isso deverá seguir acontecendo.
“Nós temos mais de 80 variedades de minerais na pauta de exportações. Por exemplo, o minério de ferro é o segundo item, só sendo superado pelo agronegócio. O petróleo é o terceiro. A mineração traz muito investimentos para o Brasil. Investimentos vultosos também estão ocorrendo. Cerca de US$ 40 bilhões serão investidos nos próximos quatro anos. Ano passado também batemos recorde de exportação em minério de ferro, ouro e outros minerais”, enfatizou o ministro.
Jovens são os que mais sofrem com o desemprego
Em meio à pandemia, jovens são os que mais sofrem com o desemprego.
Já não é mais novidade que a pandemia do coronavírus vem causando um caos no país. Além dos contaminados e das mortes, a economia também vem sofrendo com estes efeitos e isso acaba refletindo no mercado de trabalho. O número de pessoas desempregados é muito alto, mas os jovens são os que mais sofrem com o desemprego.
De acordo com os dados da Carta de Conjuntura, divulgado nesta quarta-feira (14) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), os jovens com idade entre 18 e 24 anos foram os que mais sentiram o efeito da pandemia do Covid-19. Para se ter uma ideia maior, a taxa de desocupação que no quarto trimestre de 2019 era de 23,8%, passou para 29,8% no mesmo período do ano passado. Isso significa que mais de 4 milhões de jovens sofrem com o desemprego.
Para piorar a situação, o desemprego cresceu para os cidadãos de baixa escolaridade. Para os trabalhadores que não conseguiram concluir o ensino médio, a taxa elevou-se de 18,5% para 23,7% no período recentemente mencionado. Em contrapartida, quem possui ensino superior viu as ofertas de emprego seguirem crescendo, tanto que houve uma alta de 4,7%.
“À medida que os dados das PNADs contínuas foram disponibilizados, o cenário de forte deterioração, que conjuga desemprego elevado e aumento da subocupação e do desalento, foi se tornando cada vez mais evidente, principalmente nos segmentos mais vulneráveis, os jovens e os menos escolarizados, cuja probabilidade de transitar da desocupação e da inatividade para a ocupação, que já era baixa, se tornou ainda menor”, disse a economista Maria Andréia Lameiras.
Alguma saída em 2021?
É notório que os jovens e as pessoas de baixa instrução são as que mais sofrem com o desemprego no país. Apesar de se esperar um aquecimento na atividade econômica em 2021, ainda não será este ano que as coisas irão melhorar. É bem verdade que a taxa de desocupação tende a cair, porém as vagas que devem ser gerados não serão suficientes para suprir o desemprego existente no país.
Inflação atingiu todas as faixas de renda
De acordo com o Ipea, inflação atingiu todas as faixas de renda em março.
Os problemas gerados pela pandemia do coronavírus não se resumem em contagiados e mortes, afinal acaba respingando em outras áreas. O setor econômico é um dos que mais vem preocupando, pois se os mais afortunados acabam sentindo o impacto, o que dirá das pessoas de baixa renda. Para piorar a inflação atingiu todas as faixas de renda no mês de março, deixando a situação ainda pior.
De acordo com os dados divulgados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), através do Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda, pelo segundo mês seguido foi registrado alta na taxa de inflação para todas as faixas de renda. Apesar de atingir todos os grupos, alguns acabaram sentindo mais o impacto do que outros, sendo que os números mostram exatamente isso.
Em março, as famílias mais atingidas foram as de renda média e média alta. Na primeira delas, onde a média salarial é entre R$ 4.127,41 e R$ 8.254,83, a inflação de fevereiro para março passou de 0,98% para 1,09%. Já no segundo, onde os vencimentos giram entre R$ 8.254,83 e R$ 16.509,66, a alta foi de 0,97% para 1,08%. No entanto, não significa que as famílias de renda mais baixas passassem batidas.
Vilão da inflação
Assim como no mês que sucedeu março, foi o setor de transportes que influenciou no aumento da inflação para todas as faixas de renda. O grande aumento dos combustíveis, de mais de 11%, atingiu diretamente as famílias mais abastadas. Por outro lado, a alta nas tarifas de ônibus urbano e trens impactaram diretamente no orçamento de famílias de rendas pequenas. Um ponto que chama a atenção é que passagens aéreas e o os transportes por aplicativos apresentaram queda 2% e 3,4%, respectivamente, em seus preços.
“Quando o combustível aumenta, sempre a inflação dos mais ricos acaba sendo mais afetada, porque esse grupo consome mais do que as famílias mais pobres, que também sofrem impacto, mas em proporção menor. Teve o aumento de combustível maior nas faixas mais altas, mas nas mais baixas também sofreram com a alta do trem e do ônibus urbano. A classe mais alta, de alguma maneira acabou tendo a inflação amenizada porque apesar do aumento de combustível teve queda de passagens aéreas e transporte por aplicativo. Essas duas quedas acabaram atenuando um pouco a inflação de renda mais alta. O transporte afetou todo mundo, mas dentro do segmento cada item afetou cada família de forma diferente”, disse Maria Andréia Lameiras, do Ipea, em entrevista à Agência Brasil.