Tudo sobre a vacinação do Covid-19 no Brasil
Segundo o ministro da Saúde, a vacinação do Covid-19 no Brasil pode começar já no mês de fevereiro.
Nesta quarta-feira (16), o Ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou que a vacinação do Covid-19 no Brasil pode começar já no mês de fevereiro de 2021. Entretanto, isso só será possível se os laboratórios farmacêuticos onde as vacinas estão em fases adiantadas de produção cumpram com suas funções burocráticas até este final de 2020.
“Se mantido o que o Instituto Butantan e a Fiocruz previam, ou seja, se a fase 3 dos estudos e toda a documentação das fases 1 e 2 forem apresentados e os registros das vacinas forem solicitados à Anvisa ainda em dezembro, nós, possivelmente, teremos as vacinas em meados de fevereiro para dar início ao plano [de imunização]”, disse o ministro na participação do lançamento do Plano Nacional de Operacionalização da Vacina contra o coronavírus.
Além disso, Eduardo Pazuello falou sobre o trâmite de aprovação do medicamento, em que a Anvisa ainda precisa atestar sua integral eficácia e segurança, para assim, dar início a vacinação do Covid-19 no Brasil.
“O normal é o [processo de] registro em que, no caso de uma vacina produzida no Brasil, a Anvisa tem de avaliar toda a documentação e dar garantias da segurança do imunizante. Mas precisamos compreender que, dentro da pandemia, dada a velocidade de desenvolvimento de vacina, estamos diante de um outro modelo, que é o de uma autorização de uso emergencial que permita aos laboratórios distribuir vacinas a grupos específicos mesmo sem a conclusão dos testes clínicos e da avaliação de completa eficácia e de [possíveis] efeitos colaterais”, reiterou o Ministro da Saúde.
Pazuello ainda disse que não consta nenhum registro de vacinas contra o coronavírus em nenhuma agência reguladora do mundo inteiro. “E, no Brasil, não há nem solicitação de registro, nem pedido de uso emergencial. Se um laboratório nacional ou estrangeiro solicitar e obtiver da Anvisa a autorização de uso emergencial, estudaremos que grupos poderão receber a vacina em quantidades limitadas”.
“Durante as campanhas de vacinação as pessoas não chegam a um posto de vacinação e assinam um termo de consentimento para tomar a vacina. Já o uso emergencial não é como uma campanha. Ele fica limitado a grupos específicos, que são voluntários. Logo, se um laboratório solicitar e a Anvisa autorizar o uso emergencial de alguma vacina [antes que ela tenha cumprido todas as etapas burocráticas prévias ao registro], as pessoas que participarem terão sim que assinar o termo de consentimento. E somente nestes casos”, Explicou Pazuello, que ainda lembrou que a vacinação não será obrigatória.
“Não haverá obrigatoriedade por parte do governo federal em hipótese alguma, e sim campanhas que apresentem a todos o melhor a ser feito. A garantia [de eficácia e segurança] é o que vai fazer com que as pessoas sejam voluntárias”, completou.
De acordo com o ministro, o governo federal terá plenas condições em distribuir as vacinas para os estados em um prazo de cinco dias após receber as primeiras doses. “Precisamos ter a capacidade de controlar a ansiedade e a angústia para passarmos estes 45, 60 dias a partir de agora, que serão fundamentais para que se concluam os processos, sejam feitos os registros, produzidas as vacinas e iniciemos a grande campanha de vacinação”, disse Pazuello