Boeing rescinde contrato de compra da Embraer
Empresa americana alega o não atendimento às condições necessárias para realizar o negócio
A Boeing, anunciou no último sábado (25), a rescisão do contrato de compra de parte da Embraer. O acordo, que estava na casa dos US$ 4,2 bilhões, envolvia a aviação comercial da empresa brasileira. A alegação da gigante americana é que não houve o cumprimento das exigências que existia entre ambos.
Em nota, a Boeing informou que “exerceu seu direito de rescindir o contrato após a Embraer não ter atendido às condições necessárias”. Segundo o presidente da empresa, Marc Allen, a não realização do negócio é uma decepção profunda. Entretanto, não houve mais detalhes sobre quais exigências não haviam sendo cumpridas.
Por outro lado, a Embraer negou qualquer pendência em relação ao acordo comercial que foi feito. Além disso, alegou que vai buscar na justiça medidas contra o cancelamento do contrato, que a seu ver é indevido. Em nota divulgada, a empresa brasileira afirmou que a Boeing “fabricou falsas alegações como pretexto para tentar evitar seus compromissos e fechar o negócio de US$ 4,2 bilhões”. Ainda no comunicado, disse que “a Boeing adotou um padrão de atraso devido à falta de vontade em concluir a transação”. A empresa brasileira ainda reafirmou que cumpriu todas as exigências previstas no acordo.
A união das empresas iria resultar na Boeing Brasil Comercial, onde os americanos seriam donos de 80% da aviação comercial da Embraer, que continuaria à frente da aviação executiva e do setor militar.