Fernando Collor é alvo de investigação sobre lavagem de dinheiro
Além dele, as autoridades cumprem mandados de busca e apreensão também em Maceió (AL) e Curtiba (PR), todos expedidos pelo STF
O Senador Fernando Collor, é um dos principais alvos da Polícia Federal (PF) na operação que foi iniciada na manhã desta sexta-feira (11), na qual investiga lavagem de dinheiro. Essa informação foi confirmada pelo jornal O Estado de S.Paulo.
A PF cumpre também 16 mandados de busca e apreensão nas cidades de Maceió (AL) e Curitiba (PR), ambos expedidos pelo STF (Supremo Tribunal Federal).
Essas investigações tem como principal objetivo identificar e comprovar o envolvimento de Collor em compras de imóveis em leilões públicos nos anos de 2010, 2011, 2012 e 2016 com o objetivo de lavar dinheiro. Segundo estimativas da Polícia Federal, Collor teria movimentado cerca de R$ 6 milhões.
De acordo com a PF, os envolvidos poderão responder pelos crimes de lavagem de ativos, corrupção ativa, corrupção passiva, peculato, falsificações e pelo tipo penal de Integrar Organização Criminosa.
Lava Jato: Gilmar Mendes não acredita em “efeito dominó”
Para o ministro do STF, a princípio, só serão beneficiados os réus que apontaram a suposta irregularidade desde o início do processo
Nesta sexta-feira (27), o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse que não acredita que o julgamento iniciado nesta semana pela Corte e que pode levar à anulação de sentenças da Lava Jato terá um “efeito domió”.
A princípio, Gilmar Mendes disse que só serão beneficiados os réus que apontaram desde o início do processo terem sidos alvos da “nulidade” que está em discussão no STF. “Portanto, algo bastante limitado. Mas isso saberemos na próxima semana”, emendou.
Na última quarta-feira (25), o STF começou a julgar o entendimento de que réus delatados têm o direito de falar por último nos casos em que delatores (aqueles que fecharam acordos de colaboração premiada) também são acusados no processo. No entanto, apesar de já haver a maioria favorável a essa tese, na qual coloca em risco sentenças criminais, a Corte Suprema deve decidir na próxima semana quais serão os limites da decisão.
O Supremo Tribunal Federal ainda pode fixar critérios para a eventual anulação de condenações, nas quais muitas delas foram proferidas pelo ex-juiz Sergio Moro, hoje ministro da justiça, como exigir a comprovação de prejuízo à defesa. Assim, seriam alcançadas apenas as sentenças que a justiça negou o pedido de réus delatados para se manifestar depois dos delatores.
“Eu nunca acredito nessas contas que aparecem, de que isso (o julgamento) terá um efeito dominó. É preciso fazer essa contabilidade com muito cuidado. Porque, em princípio, essas decisões só beneficiarão aqueles que já vinham arguindo essa nulidade desde o início, portanto algo bastante limitado. Mas isso saberemos na próxima semana”, disse o ministro ao ser questionado na manhã desta sexta-feira sobre os efeitos do julgamento.