A Abitrigo projeta reajuste com alta no preço da farinha
“Este período turbulento se estenderá, no mínimo, até a entrada da próxima safra (nacional), em meados de setembro, se tudo correr bem”
A Abritrigo (Associação Brasileira da Indústria do Trigo) prevê um aumento no reajuste do preço da farinha de 15% já para as próximas semanas. Somado a isso, será adicionado 25% na cotação do trigo nos últimos 3 meses.
Além disso, esse repasse ficará por conta das empresas ou regiões. Além disso, a produção de cereal está localizada na Região Sul do Brasil, na qual o a oferta é de 50% das carências das indústrias. No entanto, os outros 50% são importados.
“Este período turbulento se estenderá, no mínimo, até a entrada da próxima safra (nacional), em meados de setembro, se tudo correr bem”, disse a Abitrigo. Além disso, esse aumento nos preços do trigo que for comprado pelas indústrias locais, será para a valorização global do cereal, visando a perspectiva de aperto nas ofertas mundiais.
Nessa safra de agora, já foi registrada diversas perdas de produção e também dificuldades na colheita, relacionados ao escoamento. Além disso, importadores asiáticos tem mandado um maior volume da commodity.
Abitrigo
“(Estes) são alguns dos fatores que estão provocando alta nos preços de trigo em nível mundial”, disse.
“Esse cenário gerou uma forte elevação nos preços do trigo argentino, da ordem de 26% nos últimos 60 dias, passando de US$ 190,00 por tonelada FOB para US$ 240,00 por tonelada FOB”, afirma a Associação.
Uma das fornecedoras de trigo para o Brasil, a Argentina, foi quem venceu 75% da safra atual colhida, sendo 18,5 milhões de toneladas. Na qual é considerado um grande volume para a exportação.
Ainda de acordo com a Abitrigo, prevê que no Paraná os lotes do trigo estão sendo vendidos por R$ 1 mil a tonelada, na quanto há algumas semanas atrás custava R$ 850,00 subindo 18%. Já no Rio Grande do Sul, o valor de que era de R$ 700,00 por tonelada, passou a ser de R$ 900,00 tendo uma alta de 28%. Já os outros os estados que também produzem, como Minas Gerais e São Paulo, colhem menos e já comercializaram sua safra.