Claro pretende abandonar a marca Net
Aos poucos a operadora de TV por assinatura deve passar a usar somente a marca Claro.
Após mais de 25 anos de atuação, a marca Net, operadora de banda larga e TV por assinatura, vai deixar de existir. Desde julho a Claro começou a comunicar aos seus usuários a decisão de unificar os serviços do grupo sob a marca da operadora de telefonia.
O trabalho está sendo feito aos poucos e tem previsão de duração de alguns meses, por se tratar do fim de um nome popular de categoria em TV a cabo.
O diretor de marketing da Claro Márcio Carvalho afirma que a decisão de concentrar investimentos em uma só marca gerará economia de custos, ainda declara que a decisão se mostrou viável em decorrência da mudança dos hábitos de consumo de conteúdo, migrando da TV por assinatura para dispositivos móveis.
Graças à demanda por banda larga móvel o setor de telefonia celular cresce, em contrapartida, a TV por assinatura passa por um cenário de perda de clientes. Entre 2016 e o fim do primeiro semestre de 2019, a consultoria Teleco declara que quase 1,9 milhão de consumidores deixaram o setor. O país somava 16,7 milhões de assinantes em junho, sendo destes 50% da Net. Os clientes serão transferidos para Claro TV.
Carvalho ainda diz que, “a transformação (do mercado de TV) está muito ligada à transferência do consumo de conteúdo para o smartphone”. Por conta disso, a Claro decidiu utilizar os meios digitais para comunicar a mudança aos seus consumidores. Fez uso do serviço Blast, do google e ampliou a frequência dos anúncios, chegando a aparecer para os usuários até 8 vezes em um só dia.
Para que a informação seja reforçada, a empresa ainda contará com anúncios em TV aberta, portais de notícias, nos pontos de vendas da Claro e, obviamente em canais por assinatura. O usuário receberá a informação de que a Net passou a ser Claro ao ligar a TV e antes de acessar o programa de sua escolha.
No entanto, o diretor de marketing reconhece que será impossível apagar a Net completamente. “Ela continuará na vida das pessoas, pois não conseguiremos trocar todos os controles remotos que estão nas casas dos clientes.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.