Mais da metade dos restaurantes cariocas demitiram funcionários

Por conta da pandemia, mais da metade dos restaurantes cariocas demitiram funcionários.
Nas primeiras vezes em que a palavra coronavírus foi divulgada, ninguém tinha noção da proporção do problema que ia existir. Agora, quase um ano após o começo da pandemia, os resultados dos efeitos gerados por ela estão aparecendo, principalmente na economia. Prova disso, é que mais da metade dos restaurantes cariocas demitiram funcionários neste meio tempo, algo incomum para uma cidade turística.
De acordo com os dados de uma pesquisa realizada pela Associação Nacional dos Restaurantes (ANR) e pelo Sindicato de Bares e Restaurantes do Rio (SindRio), houve uma queda de faturamento entre 50% e 75% em 24% dos estabelecimentos pesquisados. Além disso, 22% dos estabelecimentos do ramo tiveram quedas entre 26% e 50% nos faturamentos, algo bastante significativo. Outro ponto de destaque é que 31% dos proprietários de bares e restaurantes que possuíam mais de uma unidade tiveram que fechar uma filial.
Em meio à pandemia, adaptações tiveram que ser feitas, sendo que o delivery foi uma saída encontrada para amenizar os prejuízos. Este também foi um dos motivos para mais da metade dos restaurantes cariocas demitirem funcionários. Em relação aos serviços de entrega, quase 90% dos estabelecimentos aderiram à moda, sendo que os principais meios para a venda de produtos foram o iFood (86%), o WhatsApp (64%) e o telefone (56%).
Abaixo, veja o que diz Simone Galante, responsável pela pesquisa
“Vemos que o ano de 2021 será de adaptação para o segmento e vai exigir a leitura com hiperatenção ao ambiente de negócios. Pensando em tendências, vemos o cliente seguir comprando para consumir fora do local, o aprimoramento do delivery e das experiências geradas por esse serviço. Outro ponto é o aperfeiçoamento da segmentação das ofertas de serviços para entregar ou para retirar, para que o consumidor possa ser atendido nas suas ocasiões de consumo e em suas necessidades”
Desemprego segue crescendo

Dados da última semana de setembro mostram que desemprego segue crescendo
O país vem vivendo uma forte crise econômica e, mesmo com algum incentivo do governo federal, muitas empresas e comércios fecharam as portas. Desta forma, muitas demissões acabaram acontecendo e pessoas ficaram sem trabalho. Através dos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que realiza a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Covid-19, ficou comprovado que o desemprego segue crescendo.
A quarta semana do mês de setembro registrou a marca de 14 milhões de desempregados, ou seja, 700 mil a mais do que ficou registrado na terceira semana do mês passado, quando existiam 13,7 milhões de pessoas sem empregos. Mesmo com este aumento, para os pesquisadores, a taxa de desocupação se manteve estável, pois saiu de 13,7% para 14,4%, ou seja, variou “apenas” 0,7% de uma semana para a outra.
Mesmo com as informações que o desemprego segue crescendo, muito se fala na estabilidade dos números. Além disso, para Maria Lucia Vieira, coordenadora da pesquisa (Pnad Covid-19), as pessoas estão buscando novos trabalhos.
“Embora as informações sobre a desocupação tenham ficado estáveis na comparação semanal, elas sugerem que mais pessoas estejam pressionando o mercado em busca de trabalho, em meio à flexibilização das medidas de distanciamento social e à retomada das atividades econômicas”, disse a coordenadora.
O levantamento de dados começou no mês de maio, no auge da pandemia, sendo que permanecerá até o final do ano.
Tudo sobre a redução da jornada de trabalho

Aqui você encontra tudo sobre a redução da jornada de trabalho e salários
Nesta quarta-feira, foi publicado no DOU (Diário Oficial da União), o decreto do governo federal sobre a jornada, salários e suspensão de contratos. Aqui você encontra tudo sobre a redução da jornada de trabalho.
O decreto do governo irá prorrogar por mais 60 dias a redução da jornada de trabalho, salários e a suspensão temporária de contratos de trabalhos através das empresas. Um dos principais objetivos deste novo decreto é o de preservar as vagas de emprego durante a pandemia do Covid-19.
Além disso, os funcionários que tiverem os seus contratos suspensos deverão ter o período de férias adiado.
Essas alterações foram assinadas pelo presidente Jair Bolsonaro e por Paulo Guedes, Ministro da Economia. O benefício terá a duração de 240 dias, aproximadamente 8 meses.
“Diante do cenário atual de crise social e econômica, e com a permanência de medidas restritivas de isolamento social, faz-se necessária a prorrogação, mais uma vez, do prazo máximo de validade dos acordos” diz a nota da Secretaria-Geral da Presidência da República.
Saiba quais são as áreas mais afetadas pela pandemia

O mundo e o Brasil têm sofrido por conta da Covid-19, saiba quais são as áreas mais afetadas pela pandemia
O Brasil inteiro tem sofrido muito com os reflexos que o Covid-19 vem causando em todos os sentidos, então, saiba quais são as áreas mais afetadas pela pandemia. De acordo com uma pesquisa divulgada pelo Programa Cidades Sustentáveis e o Ibope Inteligência, a educação e os empregos foram os mais afetados pela pandemia do coronavírus.
O estudo foi feito com prefeitos, secretários e gestores de 302 municípios brasileiros, com nove em cada dez realizando aulas remotas, no ensino público e particular.
Já sete em cada dez prefeituras consideram como alto ou muito alto o impacto causado pela pandemia do Covid-19 nas contas públicas, um quarto das prefeituras informaram que o impacto causado é médio. Segundo o estudo, em 73% dos municípios, a pandemia afetou os programas e medidas que estavam previstas para o desenvolvimento das cidades. Já 27% relataram que afetou pouco.
De acordo com Patrícia Pavanelli, a diretora de políticas públicas do Ibope Inteligência, 82% concorda que a desigualdade social ficou ainda mais clara durante a pandemia do coronavírus.
“A suspensão das aulas, as campanhas de prevenção, a proibição de grandes eventos e aglomerações, a criação de políticas de assistência social às pessoas mais vulneráveis, incluindo a distribuição de cestas básicas, os investimentos emergenciais na área da saúde estão entre as medidas mais adotadas pelas prefeituras”, disse a diretora.
Esse estudo teve como principal objetivo fazer o mapeamento das ações que vem sendo tomadas pelas gestões públicas dos municípios no enfrentamento da pandemia do coronavírus.
Municípios contra o coronavírus
De acordo com os estudos realizados, as cidades brasileiras têm uma capacidade avaliada em média no enfrentamento à pandemia. O Índice das Cidades no Enfrentamento da Covid-19 (Icec), relata que 54 itens foram apurados durantes a coleta dos dados tentando minimizar os impactos econômicos no Brasil.
Além disso, segundo o Icec, apenas um terço dos municípios têm uma alta capacidade para lidar com a pandemia do Covid-19. Já dois terços da região Sudeste entram no grupo de capacidade médica, nas regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste, as cidades são divididas entre os grupos de capacidade média e alta. Enquanto isso, dois quintos dos mais populosos e capitais, ficam no grupo de capacidade alta.
Governo fará mudanças em regras trabalhistas, na saúde e na segurança

As novas regras foram anunciadas nesta terça-feira (30), com o objetivo de reduzir exigências às empresas
Nessa última terça-feira, o governo de Jair Bolsonaro anunciou mudanças nas três normas trabalhistas. Na segurança e saúde no trabalho, conhecidas como NRs, que tem como principal objetivo reduzir as exigências às empresas.
De acordo com o secretário especial de trabalho e previdência do Ministério da Economia, Rogério Marinho, essas três novas regras irão garantir uma economia de R$ 68 bilhões em torno de dez anos para o setor privado. Segundo ele, existem um total de 36 NRs que somam mais de 6 mil linhas distintas de atuação que possuem impacto direto na produtividade das empresas.
“Não podemos conviver com regras anacrônicas que nos atrasam, atrapalham e nos inibem. O empreendedor brasileiro tem uma âncora nos pés na hora de competir com os chineses”. Discursou Marinho em um evento no Planalto.
Além das modificações anunciadas na terça-feira, o governo vai também consolidar 158 decretos, nas quais tratam de normas trabalhistas em quatro textos.
Os quatro:
No primeiro, reunirá 19 dispositivos já existentes sobre o direito trabalhista. No segundo, envolverá os 51 textos sobre as profissões regulamentadas e seus conselhos. O terceiro decreto tratará das comissões trabalhistas e dos colegiados. Já o quarto e último, consolidará os 79 dispositivos que tratam de convenções internacionais do tralhado retificadas pelo Brasil.
Rumores de que o governo irá liberar o FGTS preocupa o setor imobiliário
Ministro da Economia pretende permitir os saques
Nesta quarta-feira (17), os rumores de que o governo deve liberar parte do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) aos correntistas. Segundo o Ministro de economia, ele pretende permitir saques de recursos da ordem de R$ 42 Bilhões no mês de aniversário. Já para o setor imobiliário, há ônus.
Tirando os fatores de: demissão sem justa causa, a aposentadoria e mais alguns fatores empregatícios. Hoje o FGTS só é liberado para quem for comprar a casa própria no valor de R$ 1,5 milhão. Esse novo teto foi estabelecido em janeiro de 2019. Visto que a rentabilidade do FGTS é baixíssima, se cria um interesse pela aquisição de imóveis como forma de otimizar esse patrimônio. Muitas vezes a rentabilidade do FGTS fica abaixo da inflação.
O temor do setor imobiliário é que o a possibilidade do saque para qualquer fim, é de que assim esfriem as vendas de imóveis. Porém, os recursos do fundo são essenciais para vendas dentro do Programa Minha Casa Minha Vida. Visto que, a única fonte de financiamento para as construtoras é do próprio FGTS.
Os analistas que acompanham esse setor, apostam que qualquer medida para diminuir a liquidez desse financiamento prejudica muito a disponibilidade de crédito para o MCMV. O que limita seu crescimento. O programa que vem servindo como grande pilar de sustentação da Construção Civil é o programa de habitação para baixa renda. 44% das moradias lançadas em São Paulo foram destinadas para essa categoria nos últimos 3 anos.
Luiz Antônio França
“Colocar a mão no FGTS é um problema”, “o governo mudar as regras mata o mercado”. Afirma França, presidente da Abrainc (Associação brasileira de Incorporadoras Imobiliárias).
Segundo ele “Qualquer lugar no mundo tem subsídios para habitação popular”, no Brasil, o FGTS cumpre esse papel. E é por isso que Luiz Antônio França espera que cesse o fundo “para apagar o incêndio”.
