As manchas de óleo agora podem chegar no Espírito Santo
Por isso, 30 fuzileiros navais foram deslocados pela Marinha para a Conceição da Barra e São Mateus, para caso o óleo chegue ao estado
A Marinha com o objetivo de identificar possíveis manchas de óleo na Costa do Espírito Santo, em caráter preventivo enviou 30 fuzileiros navais para Conceição da Barra e São Mateus, para que seja facilitada a atuação caso esse óleo chegue ao estado.
Além disso, uma equipe de profissionais da Universidade Federal de Sergipe (UFS) e da Secretaria da Agricultura do Estado, juntamente com o apoio da Marinha coletou amostras de água, faunas e etc… As coletas ocorreram em dois municípios sergipanos, na praia do Viral e no Rio Vaza-Barris. Essas analises químicas irão servir como determinação do grau de contaminação pelo óleo nas amostras.
Abaixo, veja as praias nas quais estão com equipes de limpeza em andamento:
Japaratinga, Barra de São Miguel, Coruripe, Feliz Deserto e Piaçabuçu, em Alagoas. Cumbuco e Barra do Cauípe, no Ceará, além de Coroa do Meio, em Sergipe e Cairu, na Bahia.
Segundo o Ibama, até o momento foram contabilizadas em torno de 4,3 mil toneladas de resíduos de óleo retirados das praias do nordeste. Além disso, o órgão também informou que a contagem do material não inclui apenas o óleo, mas areia, equipamentos utilizados na coleta, lonas e etc… Esse descarte está sendo feito pelas secretarias de Meio Ambiente dos estados.
A Marinha já retirou cerca de 900 toneladas de óleo das praias do nordeste
Até a última segunda-feira 21, a marinha já havia retirado cerca de 150 caminhões carregados de resíduos de óleo das praias do nordeste
Na última segunda-feira, a Marinha divulgou o boletim de ações, que já foram recolhidas 900 toneladas de óleo das praias do nordeste que foram atingidas pelas manchas. O número de toneladas equivale a 150 caminhões carregados com os resíduos.
Além disso, a Marinha ainda disponibilizou o número de telefone 185, para que a população também colabore e se conscientize ligando para a Marinha e indicando locais onde estão sendo vistas novas manchas de óleo nas praias.
No entanto, mesmo com o esforço da Marinha e também de parte da população que estavam ajudando, ainda não da para prever o fim das manchas. A praia de Carneiros, em Pernambuco, uma das 12 mais bonitas do mundo é uma das afetadas pelo óleo.
Os suspeitos por manchas de óleo no Nordeste driblam os radares
Os chamados “navios fantasmas” driblam os radares e navegam sem registro oficial
Os principais suspeitos das manchas de óleo nas praias do Nordeste são ligados a Venezuela. Além disso, a circulação de navios fantasmas petroleiros pelo Atlântico podem ser motivadas através das sanções econômicas dos Estados Unidos à Venezuela, é o que dizem os especialistas do caso. Foram diversas analises do petróleo que vem poluindo as praias brasileiras, na qual já atingem 156 localidades de 71 cidades, ao que tudo indica, essas manchas de óleo são venezuelanas. No entanto, a origem do poluente ainda é desconhecida.
Para burlar a lei, os navios fantasmas que navegam sem registro oficial, trocam de nome e desligam o transponde, o aparelho na qual é obrigatório em todas as embarcações, registrando a localização em tempo real de cada navio.
De acordo com o economista Edmar Almeida, da Universidade Federal do Rio (RFRJ) “Historicamente, parte do petróleo produzido sempre foi comercializado por canais não oficiais” explica.
“Tanto é que nas estatísticas do petróleo há diferença entre o que é declarado como produção e o que é declarado como consumo.” Completa o economista.
Ainda segundo Edmar, isso pode acontecer por diversos fatores, como guerras conflitos internacionais, roubo e tráfico de petróleo ou também sanções econômicas.
Marinha
A Marinha, em nota disse que são realizadas rotineiramente patrulhas e inspeções navais”, nas quais incluem delitos ambientais. Somado a isso, lembram também que o Brasil participa de diversos grupos de trabalhos internacionais que acompanham o tráfego marítimo.
“Os pontos considerados mais sensíveis são as ‘novas ameaças’, como pirataria, terrorismo e acidentes ambientais.”