O povo brasileiro apoia a Operação Lava Jato
Grande parte da população brasileira quer que Lava Jato continue, pois acreditam que o combate contra a corrupção ainda não acabou
Nesta sexta-feira, foi publicado pelo jornal Folha de S.Paulo um levantamento feito pela Datafolha, sobre o nível de aceitação da Operação Lava Jato. Das pessoas entrevistas, 81% acham que as investigações ainda não chegaram a seu fim e que precisam continuar. Já outros 15%, acham que a Lava Jato deveria acabar e 4% não souberam opinar.
Mesmo com todos os questionamentos e dúvidas deste ano de 2019, a o população brasileira nitidamente ainda apoia e acredita na Operação Lava Jato.
Além disso, foi perguntado também pelo Datafolha se a corrupção no Brasil irá diminuir, se vai aumentar ou continuar em alta após a Lava Jato. De acordo com a pesquisa, 47% acham que a corrupção vai continuar a mesma coisa, 41% acham que esse problema vai diminuir e outros 10% acham que a corrupção irá aumentar.
Ao todo 2.948 pessoas em 176 municípios do Brasil foram entrevistadas e com uma margem de erro com dois pontos percentuais.
Lula não é o único da Lava Jato que pode deixar a cadeia
A decisão tomada pelo STF permitirá que os réus que forem condenados a segunda instância esperem pelo fim de seus processos em casa
Nesta última quinta-feira, o Supremo Tribunal Federal (STF) tomou a decisão de que a prisão penal antes do processo transitado em julgado, o que deverá tirar o ex-presidente Lula e outros nomes famosos da Lava Jato.
Foram 38 condenados em segunda instância após as investigações, os nomes mais famoso que podem ser beneficiados são: O ex-ministro da Casa Civil do governo Lula, José Dirceu, Ronan Maria Pinto (na qual era o empresário envolvido no caso Celso Daniel), os ex-tesoureiros do PT João Vaccari Neto e Delúbio Soares e também o pecurarista e amigo do ex-presidente, José Carlos Bumlai.
Além disso, segundo os procuradores, essa decisão vai além da libertação imediata dos presos. “Outros 307 denunciados, que aguardam julgamento em primeira instância, também poderão ser beneficiados, visto que só cumprirão pena depois de um longo período de trânsito do processo”, diz a nota. “O mesmo se aplica a parte dos 85 condenados já condenados em primeira instância e que aguardam o julgamento de recursos no tribunal.”
Além disso, cabe aos juízes de segunda instância a decisão se os condenados poderão ou não ir para a casa. Visto que, a saída da cadeia não é imediata, tudo dependerá dos juízes.
Segundo Sérgio Moro, o Congresso pode alterar a constituição
Moro ainda disse que a decisão da maioira do STF para aguardar o transito deve ser respeitada
Nesta sexta-feira (8 de novembro) o Ministro da Justiça e Segurança Pública Sérgio Moro disse que sempre defendeu a execução da condenação criminal em segunda instância e seguirá defendendo.
Nesta última quinta-feira (7), repercutiu a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) na qual declarou inconstitucional a prisão na segunda instância. Sérgio Moro era o juiz da Lava Jato, a maior operação já deflagrada no Brasil sobre a corrupção e a lavagem de dinheiro.
Essa decisão ainda abrirá caminho para 5 mil presos nessa situação, entre eles, o ex-presidente Lula e o ex-ministro José Dirceu.
“A decisão da maioria do STF para aguardar o trânsito em julgado deve ser respeitada”, disse Moro.
“O Congresso pode, de todo modo, alterar a Constituição ou a lei para permitir novamente a execução em segunda instância, como, aliás, reconhecido no voto do próprio ministro (Dias) Toffoli.”
“Afinal, juízes interpretam a lei e congressistas fazem a lei, cada um em sua competência”, finalizou Sergio Moro.
Lava Jato: Gilmar Mendes não acredita em “efeito dominó”
Para o ministro do STF, a princípio, só serão beneficiados os réus que apontaram a suposta irregularidade desde o início do processo
Nesta sexta-feira (27), o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse que não acredita que o julgamento iniciado nesta semana pela Corte e que pode levar à anulação de sentenças da Lava Jato terá um “efeito domió”.
A princípio, Gilmar Mendes disse que só serão beneficiados os réus que apontaram desde o início do processo terem sidos alvos da “nulidade” que está em discussão no STF. “Portanto, algo bastante limitado. Mas isso saberemos na próxima semana”, emendou.
Na última quarta-feira (25), o STF começou a julgar o entendimento de que réus delatados têm o direito de falar por último nos casos em que delatores (aqueles que fecharam acordos de colaboração premiada) também são acusados no processo. No entanto, apesar de já haver a maioria favorável a essa tese, na qual coloca em risco sentenças criminais, a Corte Suprema deve decidir na próxima semana quais serão os limites da decisão.
O Supremo Tribunal Federal ainda pode fixar critérios para a eventual anulação de condenações, nas quais muitas delas foram proferidas pelo ex-juiz Sergio Moro, hoje ministro da justiça, como exigir a comprovação de prejuízo à defesa. Assim, seriam alcançadas apenas as sentenças que a justiça negou o pedido de réus delatados para se manifestar depois dos delatores.
“Eu nunca acredito nessas contas que aparecem, de que isso (o julgamento) terá um efeito dominó. É preciso fazer essa contabilidade com muito cuidado. Porque, em princípio, essas decisões só beneficiarão aqueles que já vinham arguindo essa nulidade desde o início, portanto algo bastante limitado. Mas isso saberemos na próxima semana”, disse o ministro ao ser questionado na manhã desta sexta-feira sobre os efeitos do julgamento.
A Câmara quer R$ 250 milhões da Lava Jato
A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) fala sobre o risco de 85 mil pesquisadores ficarem sem bolsa a partir desse mês de setembro
A Câmara quer usar os recursos recuperados pela Lava Jato para pagar bolsas de pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico o CNPq. Além disso, usar também no combate as queimadas na Amazônia. Foi enviado ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, para que reserve R$ 250 milhões de um fundo da Petrobras para destinar aos pesquisadores.
Rodrigo Maia o presidente da Câmara na terça-feira de 27 de agosto, havia encaminhado uma manifestação ao STF na ação em que Moraes irá decidir sobre o destino dos R$ 2,5 bilhões originados de um acordo entre Justiça dos Estados Unidos e a estatal brasileira. Além disso, Rodrigo Maia pede que R$ 1bilhão seja usado para o combate a incêndios na Amazônia.
Nesta semana, Pontes disse á Globonews que sua pasta não terá recursos para pagar as Bolsas do CNPq até o fim do ano e “implorou” por mais recursos. Ainda mais que o déficit orçamentário do órgão é de R$ 330 milhões.
A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) fala sobre o risco de 85 mil pesquisadores ficarem sem bolsas a partir de setembro. O destino dos R$ 2,5 bilhões do fundo da Lava Jato parou no STF em março, depois de a Procuradoria-Geral da República questionar o acordo fechado entre a Petrobrás e a força-tarefa da operação no Paraná. Essa medida estabeleceu, entre outros pontos, a criação de uma fundação para gerir parte da multa.
Pedido de Lula é negado pelo STF
Esse pedido pó negado por unanimidade entre os ministros da Segunda Turma da Suprema Corte
A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) negou por unanimidade o pedido de defesa do ex-presidente Lula. O pedido de Lula foi contra o ex-juiz e atual ministro da Justiça, Sérgio Moro.
Veja os que foram contra o pedido de Lula: Cármen Lúcia, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Edson Fachin. No entanto, o Ministro Celso Mello não participou do julgamento virtual por conta de uma licença médica.
Esse processo só foi analisado pelo plenário virtual, pois o relator dos processos relacionados à Operação Lava Jato no Supremo, Fachin, havia negado o andamento do pedido do ex-presidente Lula em abril. “A irresignação não merece prosperar”, escreveu o ministro na ocasião.
No entanto, diante da decisão monocrática, a Procuradoria-Geral da República (PRG) não manifestou interesse em recorrer do voto de Fachin.
Alcolumbre disse que se Moro fosse Deputado ou Senador estaria cassado ou preso
Senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), presidente do Congresso citou que se as mensagens divulgadas pelo site “The Intercept Brasil” forem verdadeiras, o ministro Sérgio Moro terá ultrapassado os limites éticos.
O senador participou, ontem, de um jantar promovido pelo jornal digital poder360, onde na oportunidade fez o seguinte comentário: “ Em sendo verdade, são muito graves. Muito graves. Ultrapassou o limite ético. Não era para ter tido conversa naquele nível. Se isso for verdade, terá um impacto grande em relação a procedimentos.” Isso pelo fato de ter se relacionado com os procurados da Operação Lava Jato enquanto era o Juiz do caso.
Entretanto, o Senador Alcolumbre disse que não tem como saber se os conteúdos divulgados pelos sites são verdadeiros ou não. E comentou que recentemente passou por um caso onde foi atribuído a ele declarações de um “perfil fake” numa rede social, porém, o Senador afirmou que:
“Se fosse um deputado ou um Senador, ele já estava cassado, preso e nem precisava provar se tinha hacker ou não”.
Davi Alcolumbre afirmou que trabalhou pessoalmente para convencer senadores a desistirem de propor uma CPI para investigar Moro. Visto que, o país tem outros assuntos mais importantes, como por exemplo, “a falta de emprego e pessoas precisando de atendimento médico, hospital”.
As mensagens divulgadas pelo “The Intercept Brasil” dão indícios de uma ação conjunta entre os procuradores da Lava Jato e moro, o qual na oportunidade era o Juiz do caso. Segundo o site, os materiais foram recebidos de uma fonte anônima.
Os envolvidos no caso minimizaram o ocorrido e dizem não reconhecer os diálogos divulgados. A Polícia Federal está investigando ataque de hackers aos celulares de Sérgio Moro, atual ministro da Justiça e de outros procuradores que atuam na Força-Tarefa que investiga o caso de corrupção na Petrobras.
“Sérgio Moro é um patrimônio nacional” – diz Bolsonaro
Bolsonaro volta a elogiar Sérgio Moro e exalta a sua participação na operação Lava Jato
Nesta última sexta-feira, o Presidente Jair Bolsonaro fez um novo pronunciamento, no qual voltou a elogiar Sérgio Moro, Ministro da Justiça. O presidente comentou sobre o vazamento das conversas entre o atual Ministro da Justiça, na época Juiz Federal, e Deltan Dallagnol, Coordenador da Força Tarefa da Operação Lava Jato.
Jair Bolsonaro exaltou a participação de Sérgio Mouro na Operação Lava jato e afirmou que é preciso valorizar o histórico do atual Ministro da Justiça no combate contra a corrupção:
“Eu já falei que o Sérgio Moro é um patrimônio nacional. É um homem, que no meu entendimento, conseguiu um ponto de inflexão nesse grande mal que assombra o país há décadas, que é a questão da corrupção”. – Citou Bolsonaro, e complementou com a seguinte frase: “Para mim, é motivo de honra e orgulho tê-lo em meu ministério”.
Futuras revelações reforçam intervenção de Sérgio Moro
Greenwald afirma ter um grande número de conteúdos não publicados que confirmam a intervenção de Moro
O jornalista Gleen Greenwald um os autores das diversas reportagens iniciadas ontem pelo site “The Intercept Brasil” revelou em entrevista hoje que ainda possui um vasto volume de dados não publicados. E citou que estes dados reforçam a sua opinião, de que Sérgio Moro, influenciou em prisões e opiniões públicas. O Site divulgou como algumas trocas de mensagens entre o ex-magistrado, Sérgio moro, e a força-tarefa lava Jato podem ter influenciado no rumo das eleições.
Segundo Gleen Greenwald, este conteúdo supera o número de conteúdos da principal matéria de sua carreira, a qual comprovou o monitoramento indevido de informações privadas por parte dos serviços de inteligência dos Estados Unidos. Na época, o jornalista teve ajuda do ex-agente da CIA e da NSA, Edward Snowden. Essa matéria foi publicada no jornal britânico, The Guardian, em 2013, e lhe rendeu o Prêmio Pulitzer de jornalismo e fama mundial.
O Jornalista afirmou já ter uma certeza: “Moro era um chefe da força tarefa, que criou estratégia para botar Lula e outras pessoas na prisão, se comportando quase como um procurado, não como juiz”.
Gleen Greenwald é casado com David Miranda e reside no Rio de Janeiro desde 2005, quando conheceu o atual Deputado federal (PSOL-RJ). O jornalista também é um dos fundadores do site “The Intercept Brasil” e se diz estar ciente com as acusações que irá receber daqui pra frente, mas resume a sua defesa com o seguinte comentário: “Dizem que eu e meu marido somos de esquerda, mas nem Moro e nem a Lava Jato, dizem que os argumentos são falsos”
Vazamentos de Moro: Possíveis desdobramentos políticos e econômicos
Mesmo sem a divulgação total dos vazamentos de Moro, possíveis desdobramentos políticos e econômicos já são esperados
O site The Intercept, no último domingo (09), divulgou mensagens entre procuradores da operação Lava-Jato e ao então juiz Sérgio Moro, atual ministro da Justiça. Ainda na semana passada, os vazamentos de Moro já eram esperados, o mesmo teria relatado uma possível invasão ilegal ao seu telefone celular.
Segundo o próprio site, as conversas vão desde um teor de orientação até um de indignação em relação a casos da Lava-Jato. Moro teria aconselhado uma antecipação da decisão relacionada ao Dallagnol e fornecido pistas a respeito da Lava-Jato. Além disso, em grupo de conversas foi demonstrada extrema reprovação com a entrevista de Lula à Folha de S. Paulo.
Nas mensagens com relação ao Dallagnol, foram apresentadas dúvidas em relação a veracidade da denúncia contra Lula no caso triplex. O procurador teria enviado ao então juiz: “Falarão que estamos acusando com base em notícia de jornal e indícios frágeis… Então, é um item que é bom que esteja bem amarrado. Fora esse item, até agora tenho receio da ligação entre Petrobras e o enriquecimento, e depois que me falaram to com receio da história do apto… são pontos em que temos que ter as respostas ajustadas e na ponta da língua.”
Porém, de onde veio este conteúdo? Segundo o site The Intercept, o material foi fornecido por uma fonte anônima. O site informou que existem ainda mais matérias e que novas notícias ainda serão publicadas. Ainda segundo o site, foi dito não ter comunicado anteriormente os envolvidos, com medo de alguma represália, até porque as mensagens já dizem por si só.
Efeitos do vazamento no atual governo e a oposição
O atual governo, em foco o atual presidente Bolsonaro, terá que tomar cuidado com qualquer pronunciamento em relação ao caso e o seu atual ministro da Justiça. Segundo o próprio site, os materiais ainda não foram totalmente divulgados, assim podendo aparecer novos envolvidos. Isso torna qualquer pronunciamento passível de contradição e sensacionalismo.
Em contrapartida, a situação é ótima para o PT, que poderá usar a notícia para impulsionar a campanha “Lula Livre” e a greve geral marcada para dia 14/06. Com toda essa reviravolta, o caso Lula, para a militância do partido, ganha ares de esperança.
No STF, até então “tranqüilo”, poderemos ver divisão entre os que estarão do lado de Moro e os que não estarão. Será mais complicado para Rodrigo Maia continuar tentando a aprovação da reforma, até porque ficaria passível de interpretações de diferentes formas, até como uma forçação de barra.
Esse é, provavelmente, uma das piores situações que poderiam ocorrer com a Lava-Jato. Uma operação longa, que há tempos já não era tão calorosa, terá uma grande missão para voltar ao seu posto de esperança para alguns.
Como o mercado irá reagir com relação aos vazamentos?
Assim como para o governo, a atual semana era pra ser tranqüilo com relação ao mercado. Com o acordo entre EUA e México e a expectativa do corte de juros pela Federal Reserve, tudo se encaminhava bem.
Porém, como vimos, na última semana houve os vazamentos de Moro, com conversas comprometedoras do mesmo com relação à Lava-Jato. Com isso, tudo mudou, a previsão é de instabilidade até a resolução definitiva. O Ibovespa Futuro chegou a registrar queda de até 0,90%, enquanto o dólar tinha uma alta de 0,4%.
É complicado prever qualquer definição antes do desdobramento definitivo desta notícia. Porém, algumas coisas são praticamente certas.
Como vimos anteriormente na matéria, é provável que a oposição inicie de já reuniões para discutir sobre o assunto. Diversas ações podem ser tomadas pelos mesmos, pedido de instalação de CPI, pedido de esclarecimento dos que estão envolvidos, pedido de anulação de condenação, tudo isso podendo atrasar a possível reforma da previdência.
Apesar do receio de instabilidade dos possíveis desdobramentos da notícia, por enquanto nada mudou. O Ibovespa deverá operar abaixo de 100 mil pontos e acima de 90 mil pontos. Mas à curto prazo, é recomendável o aumento do risco da carteira próximo dos 92/90 mil pontos e a diminuição perto dos 98/100 mil pontos.