Falha que poderia ser usada para hackear Android é corrigida pelo google
Para que o aparelho seja imunizado, atualização de julho de 2019 deve ser repassada por fabricantes
Para evitar que celulares, tablets e outros aparelhos sejam hackeados, o google corrigiu uma vulnerabilidade na programação do Android. Teve como intuito proteger usuários que poderiam abrir um arquivo de vídeo produzido especialmente para essa finalidade. O google classifica essa brecha como “crítica”.
O erro foi comprovado nas versões 7(Nougat), 8 (Oreo) e 9 (Pie) do Android e corrigido através do pacote de atualização de julho de 2019. O pacote de atualização para os celulares deverá ser repassado por cada fabricante – um processo que pode levar um tempo.
O problema está no processamento de arquivos do tipo High Efficiency Video Coding (codificação de vídeo alta eficiência). Esse formato foi projetado para a transmissão de vídeo 4K e 8K. Por isso, alguns modelos antigos de celular não têm compatibilidade e não é utilizado em aplicativos que operam com vídeos de qualidades mais baixas, como o WhatsApp, por exemplo.
O nível do pacth de segurança instalado pode ser verificado nas configurações do telefone, na área de sistema. Estará vulnerável a essa falha as atualizações anteriores a “julho de 2019”.
Chance de ataque
Ainda que seja um problema grave, não é a primeira vez que uma brecha no processamento de vídeos do Android é encontrada. Em 2015 houve uma falha semelhante chamada de “Stagefright”.
Na época alguns celulares demoraram a receber a atualização, mas não foi reconhecido nenhum ataque real que tenha sido decorrente do problema. Por conta do Android disponibilizar defesas que dificultam ataques não é possível saber se essa nova brecha será explorada ou não.
A Stagefright que motivou o Google a produzir atualizações mensais do Android, que perpetuam até hoje, e permitem que os usuários verifiquem no “nível patch” se já possuem a atualização recente ou não.
Google irá distribuir R$ 2 milhões em bolsas
Estão abertas as inscrições para programa de bolsas até dia 29 de julho
O projeto é da Latin American Research Awards (LARA), da Google. Este é um programa voltado para as universidades da América Latina. Visando os estudantes de mestrado e doutorado. Tem como objetivo premiar os projetos que são voltados para a resolução de problemas do dia a dia através do uso da tecnologia.
Serão distribuídas mais de R$ 2 milhões de bolsas, só neste ano. Serão destinados ao desenvolvimento de projetos premiados nas áreas de ciência da computação, engenharia e similares.
Abaixo, veja os campos de pesquisa contemplados:
– Geo/Maps;
– Interações entre humanos em computadores
– Recuperação, extração e organização de informações (incluindo gráficos de semântica);
– Internet das Coisas (incluindo cidades inteligentes);
– Machine Learning (aprendizado de máquinas) e data mining (mineração de dados);
– Dispositivos móveis
– Processamentos natural de línguas
– Interfaces físicas e experiências imersivas
– Privacidade
– Outros tópicos relacionados a pesquisas da web.
O LARA existe desde 2013 em edições anuais e já premiou mais de 70 projetos latino americanos. Possui parcerias com universidades, que assim como os estudantes, também recebem um montante da empresa para financiamento de pesquisas.