Não há barragem segura no Brasil
O ministro falou sobre a segurança das barragens
Em depoimento na comissão de meio ambiente no senado, Bento Albuquerque afirma que não há barragem segura no Brasil. Bento Albuquerque Também falou sobre os riscos e perigos das barragens.
As barragens que foram construídas à montante, são as que possuem maiores riscos de rompimentos. Além disso, Minas Gerais é a prova disso com Mariana, Brumadinho e agora também com Gongo Soco. “O monitoramento é diurno e ininterrupto. Mas tudo está sendo monitorado minuto a minuto e as informações estão sendo passadas as pessoas que tem responsabilidade e competências para tomar as ações e medidas, especialmente para não perdermos vidas humanas.” Destacou Albuquerque.
O mesmo disse que o ministério faz parceria com a Agência Nacional de Águas (ANA) para a fiscalização das barragens. Mas além disso, o número de barragens no país é imenso e não só de rejeitos de minério. Mas também, de água.
Bento Albuquerque afirmou aos senadores que até 2021, as barragens de rejeitos serão todas esvaziadas. “O descomissionamento também é uma atividade de risco, mas tem que ter um planejamento bastante apurado.”
Segurança Jurídica
O ministro falou sobre a importância da segurança jurídica, não só para os empreendedores que exercem suas atividades na mineração. Contudo, também para as autoridades exercerem suas atividades, como de polícia e de regulação dos setores. O Brasil fica atrás apenas do Canadá e Austrália em produção mineral do mundo. Além disso, é responsável por 3 milhões de empregos diretos e indiretos no Brasil, o que contribui com 4% do Produto Interno Bruto (PIB) que é a soma de bens e serviços do país.
Bento Albuquerque garante que todas as barragens do país serão fiscalizadas até o final de 2019. “Temos cerca de 500 barragens de rejeitos, 150 delas foram vistoriadas este ano, e todas as outras serão vistoriadas este ano.”
Senadores da Comissão do Ambiente farão uma visita até a região da mina de Gongo Soco, em Barão dos Cocais (MG), para uma sindicância. A barragem da mineradora Vale, já está há uma semana em alerta máximo com risco de rompimento. Os senadores irão até lá para averiguar os riscos e as medidas que estão sendo tomadas pelo Poder Público para minorar a situação.
“Em razão da gravidade, não podemos esperar. Não podemos esperar que o ocorrido em Mariana e Brumadinho se repita. Precisamos dar uma resposta, afirmou o presidente da comissão, Fabiano Contarato (Rede-ES). Ele lembrou que o talude da barragem que está se movendo entre 6 e 8 centímetros por dia. Mas que se a barragem se romper, os rejeitos poderão se espalhar por até 75 quilômetros. Atingindo os municípios de Barão dos Cocais, Santa Bárbara e São Gonçalo, que desde fevereiro foram totalmente evacuados.