Auxílio Brasil irá esquentar a economia
Com a injeção de mais de R$ 90 bilhões, Auxílio Brasil irá esquentar a economia.
O Auxílio Brasil, novo programa permanente do Governo Federal para a transferência de renda, irá injetar mais de R$ 90 bilhões no varejo durante 2022. Isso fará com que a economia do país aqueça, mesmo em meio às altas taxas de juros. O anúncio foi feito pelo ministro da Cidadania, João Roma, durante entrevista ao programa “A Voz do Brasil”.
De acordo com o ministro, o Governo Federal também irá pagar um aditivo do auxílio emergencial aos homens chefes de família, o que também ajudará a esquentar a economia. É importante destacar que a verba, que até então foi recebida prioritariamente por mulheres chefes de família, também será repassada aos homens chefes de família após o Congresso Nacional ter liberado o benefício no final do ano passado.
“São vários programas que vão além da proteção social, mas também buscar a transformação social para as famílias brasileiras. Estamos conseguindo fortalecer com o programa permanente de transferência de renda, que é o Auxílio Brasil, mais de 17 milhões de famílias necessitadas em todo o Brasil”, disse João Roma.
Tarifa Social de Energia Elétrica
Dentro do Auxilio Brasil, segundo João Roma, também se enquadra a Tarifa Social de Energia Elétrica. Apesar de não ser propriamente uma injeção de valores na economia, serve para auxiliar famílias de baixa renda. De acordo com o ministro, mais de 24 milhões de famílias brasileiras já recebem o desconto automaticamente em suas faturas de energia e ainda alertou para que verifiquem se o desconto foi realmente efetivado.
“Você que está em casa, verifique sua conta de luz. O sistema seleciona automaticamente os cadastros aptos do CadÚnico e aplica o benefício. Se não chegou o desconto e está em situação de necessidade, basta ir no Centro Regional de Assistência Social (CRAS) e atualizar o CadÚnico para receber o desconto”, concluiu o ministro.
A Inflação subiu em dezembro, principalmente em alimentos
O aumento que mais impactou em todo o país foi o da carne de 18,1%, em todas as classes
Nesta última terça-feira, foram publicados os dados do aumento da inflação no Brasil, pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). A classe de renda mais baixa do país é a que mais sofreu com o aumento da inflação, por conta de 97% da variação dos preços do mês de dezembro. A classe de renda mais baixa recebe até R$ 1.643,78 por mês.
Com a inflação, o aumento que mais impactou em todo o país foi o da carne de 18,1%, em todas as classes. Mas, além dela, os Tubérculos aumentaram cerca de 6,4%, os cereais foram 6,4%, as aves e também os ovos tiveram aumento de 4,48%, sendo assim os produtos que mais encareceram no bolso das famílias mais pobres.
Já para as famílias mais ricas do Brasil, na qual possuem salários acima de R$ 16.442,40 por mês, o que mais encareceu com a inflação, foi o reajuste nas passagens aéreas, com cerca de 15,6%. Mas, além disso, também tem os combustíveis, com cerca de 3,57% em dezembro.
No entanto, o que teve um alívio de inflação para toda as faixas de renda foi o valor da energia elétrica, que sofreu uma queda de 4,24% em dezembro.
Ipea:
“No balanço do ano, as famílias mais pobres apresentaram uma inflação levemente superior à registrada pelo segmento mais rico da população, influenciada, sobretudo, pelos aumentos dos alimentos no domicílio (7,8%), energia elétrica (5%) e do ônibus urbano (6,6%). Em contrapartida, a inflação do segmento mais rico foi impactada com maior intensidade pelos reajustes dos combustíveis (5,2%), dos planos de saúde (8,2%) e das mensalidades escolares (5%)”, informou.