Segundo Bolsonaro, a esquerda não se interessa em resolver o caso Marielle
Para ele, a esquerda quer se beneficiar, usar a morte da ex-vereadora em causa própria
Nesta quinta-feira, o presidente Jair Bolsonaro disse que a esquerda deseja usar a morte da ex-vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista dela Anderson Gomespara se beneficiar em causa própria. “Parece que para a esquerda não interessa resolver o caso Marielle. Interessa continuar usando a morte dela em causa própria”, disse o presidente.
Além disso, Bolsonaro ainda se mostrou irritado com o fato de sua família estar sendo ligada ao caso. “Agora o Carlos Bolsonaro que é o responsável, pô?! Que que os caras querem? Ligar a família ao caso Marielle? Qual é a intenção?”, questionou.
No entanto, a Polícia Civil investiga e tralha com a possibilidade do envolvimento do filho de Jair Bolsonaro, o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ) na morte de Marielle e de Anderson Gomes. É o que informa a Rádio CBN.
“Eu, por exemplo, alguém me viu uma vez conversando com a Marielle? Não conversei por falta de oportunidade, se tivesse teria conversado com ela”, disse Jair Bolsonaro.
Porém, Bolsonaro mudou de assunto e voltou a citar o caso Adélio Bispo, sobre a facada contra ele durante a campanha eleitoral em 2018. “O caso mais importante vocês não perguntam. O caso Adélio, então filiado ao PSOL. Eu não faço acusações infundadas contra o PSOL. Querem desviar o foco de atenção”, disse o presidente.
‘Bandidos de esquerda começaram a voltar ao poder’ diz Bolsonaro
Após a vitória da oposição das primárias na Argentina, Alberto Fernández largou na frente com ampla vantagem
Na Argentina, a chapa formada por Alberto Fernández e Cristina Kirchner, ganhou com uma ampla vantagem as eleições primárias. Na última terça-feira (13), Alberto chamou Bolsonaro de ‘racista, misógino e violento’. Nesta quarta-feira, Jair Bolsonaro disse que: “Bandidos de esquerda começaram a voltar ao poder” se referindo ao país vizinho, a Argentina, ao comentar sobre a vitória e a chapa formada por Fernández.
“A Argentina está mergulhando no caos, a Argentina começa a trilhar o rumo da Venezuela, porque nas primárias bandidos de esquerda começaram a voltar ao poder”, afirmou Bolsonaro em evento no Piauí.
Bolsonaro apoia Mauricio Macri, que é o candidato a reeleição na Argentina. Mas, como largou em desvantagem tendo sido derrotado nas eleições primárias, o presidente argentino anunciou nesta quarta-feira novas medidas econômicas. Visto que, uma delas é a elevação do salário mínimo, além de bônus a trabalhadores e o congelamento do preço da gasolina por três meses.
Presidente brasileiro
Em um discurso em Parnaíba (PI), para moradores que aguardavam Bolsonaro aeroporto, o presidente ainda criticou “corruptos comunistas” do Brasil, na qual voltou a usar o termo “cocô”.
“O Mão Santa [prefeito de Parnaíba] me disse uma coisa: vamos acabar com o cocô no Brasil, o cocô é essa raça de corruptos e comunistas. Nas próximas eleições, nós vamos varrer esta turma vermelha do Brasil. Já que na Venezuela acabou, vou mandar esta cambada para lá”, afirmou o presidente brasileiro.
Essa já é a quarta vez que o presidente da República Jair Bolsonaro menciona a palavra cocô ao falar em público nos últimos dias. Na sexta-feira (9), ao ser questionado sobre preservação ambiental, sugeriu a repórteres em Brasília que “fazer cocô dia sim, dia não” poderia reduzir a poluição.
No último sábado (10), Bolsonaro repetiu a sugestão a jornalistas, dizendo que se tratava de uma brincadeira. “Para a gente preservar o meio ambiente, vai um dia no banheiro e no outro dia, não. Um dia faz cocô, no outro não faz. Levaram para o lado sério.” Na segunda (12), em visita ao Rio Grande do Sul, o presidente disse que encontrar “cocozinho petrificado em índio” impedia a realização de obras públicas.