A mineradora Vale já assinou 500 acordos de indenização das vítimas de Brumadinho
Os acordos de indenização foram individuais ou em grupos, pelo rompimento da barragem de rejeitos, na qual totalizara R$ 172 milhões
A mineradora Vale informou nesta quarta-feira (02 de outubro) que assinou cerca de 500 contratos de indenização individual ou em grupo, na qual somam 1.100 beneficiários, com o pagamento de R$ 172 milhões, devido rompimento da barragem de rejeitos em Brumadinho (MG), no dia 25 de janeiro de 2019.Outros 460 acordos relacionados a indenizações trabalhistas também já foram acertados, na qual totalizam 1.300 beneficiários.
A Vale ainda prevê que maior parte dos desembolsos para o encerramento de barragens de rejeitos e reparações relacionadas ao desastre, na qual deixou cerca de 250 mortos, ocorra até 2021.
Barragem rompe em Mato Grosso
O rompimento foi em uma barragem de rejeitos de lavras de ouro e ainda não teve sua causa esclarecida. A princípio, não houveram vítimas
Nesta última terça-feira (1º de outubro), rompeu uma barragem de rejeito de lavra de ouro no município de Nossa Senhora do Livramento, em Mato Grosso. Esse rompimento, mas que ainda não teve a sua causa esclarecida, foi confirmado pela Agência Nacional de Mineração (ANM).
A estrutura da barragem tem altura de 15 metros e volume armazenado de 582,1 mil metros cúbicos de rejeito. Não houve vítimas e duas pessoas que trabalhavam no local foram levadas ao hospital, segundo a ANM.
A barragem TB01 está em nome do empresário Marcelo Massaru Takahashi. A denúncia do rompimento foi feita por volta das 9 horas da manhã pelos próprios moradores da região à ANM, que deslocou uma equipe ao local para verificar o incidente.
“Os técnicos, então, constataram o rompimento do dique e o espalhamento de parte do material que estava sendo armazenado na bacia de contenção da barragem. Pelo que foi possível observar, o material escoou por uma área que varia de 1 a 2 km, a partir do pé do talude onde ocorreu a ruptura do barramento”, informou a agência.
A barragem está inserida na Política Nacional de Segurança de Barragens (PNSB), classificada com Dano Potencial Baixo e Categoria de Risco Baixa. O proprietário enviou Declaração de Condição de Estabilidade no último dia 25 de setembro À ANM, assinada por responsável técnico habilitado pelo Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (CREA/MT) e pelo dono da empresa.
No entanto, os extratos de inspeção regulares enviados nunca reportaram qualquer anomalia (sempre pontuações zero em todos itens do estado de conservação) desde 21/09/2018, segundo a agência.
Além disso, os técnicos constataram que os rejeitos atingiram uma área onde havia vegetação no local. “A ANM interditou e autuou o empreendimento e continua no local inspecionando a área e verificando se há outros riscos”, informou a agência.