Gerdau e setor automotivo devem sofrer com o acordo de livre comércio entre UE e Mercosul
A primeira avaliação para o setor de comércio, automotivo, de peças, dentre outros são negativo, visto que o acordo é mais favorável para as empresas europeias
O Brasil, no momento, tem uma tarifa de importação para automóveis de 35%, excluindo México e Mercosul. Com a redução dessa taxa, a concorrência européia poderá dificultar muito o setor doméstico. A Associação dos fabricantes Europeus de Automóveis (ACEA) elogiou muito o acordo, e previu um crescimento consideravelmente bom para a indústria automotiva da UE.
“Há um potencial real de crescimento na indústria automotiva da UE, levando em conta o tamanho do mercado do Mercosul, tanto em termos de população quanto de PIB”, declarou o secretário-geral da Acea, Erik Jonnaert.
As companhias de autopeças também deverão ser afetadas. Neste setor as tarifas de importação variam entre 14% e 18%, e o Brasil, atualmente, importa 4,2 bilhões em peças da Europa.
Outro setor que também pode sofrer com o acordo, é o setor siderúrgico, como Usiminas (USIM5), Gerdau(GGBR4) e CSN (CSNA3). A empresa produtora de aços do Brasil fez uma crítica ao acordo de livre comércio nesta segunda-feira, afirmando que o acordo não será positivo para o setor.
“Com o acordo, a indústria brasileira do aço perde a preferência em relação ao Mercosul e ainda corre risco de ter material de países fora do bloco da União Europeia, entrando no mercado por meio de empresas da região travestido de material local”, citou o Instituto Aço Brasil (IAbr).
Segundo o Instituto de Aço Brasil, os produtores de aços brasileiros possuem uma ociosidade de 34% na capacidade instalada.