Pulseiras “anti-aproximação” previnem feminicídios
O próximo país a adotar a pulseira será a França, o país tem registrado mais de 210 mil mulheres por ano vítimas de algum tipo de violência
A pulseira “anti-aproximação” já existe na Espanha, onde os casos de feminicídio e outros tipos de violência contra a mulher diminuíram de uma forma muito significativa. Essa pulseira permite a geolocalização dos parceiros ou ex-parceiros das vítimas, bastando ativar um sinal.
Agora, nesta quarta-feira o Parlamento da França deve aprovar de forma definitiva o uso das pulseiras anti-aproximação, para afastar os homens que levem perigo as mulheres. No país, mais de 210 mil mulheres são vítimas de violência física ou sexual por parte de seus parceiros ou ex-parceiros a cada ano. Além disso, na semana passada o Senado Francês recebeu apoio unânime da Assembleia Nacional, para aprovar um projeto de lei.
Neste ano de 2019, o número de feminicídios na França aumentou muito, superando os registros de 2018, na qual tiveram agora 122 casos confirmados, segundo balanço da AFP.
A ministra da França Nicole Belloubet, afirmou que mesmo dependendo do consentimento do homem violento, essa pulseira poderá ser ativada “como uma penalidade, antes do julgamento no âmbito de um controle judicial ou à margem de qualquer denúncia no âmbito civil de uma ordem de restrição.”