Coronavírus: Presos serão colocados em contêineres
Essa é uma ideia do governo brasileiro para separar os presos que possuem os sintomas
Foi divulgada uma nota nesta última segunda-feira, por parte do órgão vinculado ao Ministério da Justiça, o Depen, na qual fez uma sugestão de separar os presos com sintomas de coronavírus colocando em contêineres. Essa sugestão foi direcionada ao Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária, para que analise a situação.
Entretanto, só iria para esses modulares temporários, os detentos que ficam isolados, que apresentam os sintomas do Covid-19 e que precisa de atendimento médico.
“As estruturas provisórias poderiam ser similares a dos hospitais de campanha, com pré-moldados, barracas de campanha e até mesmo na forma de containers habitacionais climatizados, muito utilizados há vários anos na construção civil”, dizia a nota, após morte em presídio. Na próxima reunião, na qual está marcada para o dia 23 de abril, irá ser apresentado outros projetos e maneiras para evitar a contaminação pelo coronavírus de quem está preso, é o que informa o Depen. “A utilização somente será concretizada se houver autorização do conselho” finaliz
Augusto Aras se manifesta sobre Bolsonaro em manifestação
Ato esse na qual ocorreu em frente ao Quartel-General do Exército e favorável a intervenção militar
Na noite deste último domingo (19), Augusto Aras o procurador-geral da República, fez um discurso na qual falou sobre a participação de Jair Bolsonaro em manifestação. Visto que, a participação do presidente era em um protesto a qual pedia pelo fechamento do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal.
“É preciso estar atentos neste momento para as polarizações, os extremos, internos e externos, que enfraquecem a nossa democracia participativa”, disse Aras.
“E para isso fica o meu convite à tolerância, à solidariedade e à responsabilidade sociais, mormente neste período em que a epidemia tem dizimado milhares de pessoas.” Ressaltou.
No entanto, o procurador não cita diretamente o nome de Bolsonaro na manifestação que ocorreu em frente ao Quartel-General do Exército, sendo favorável a intervenção militar. Somado a isso, Aras apenas diz “eventos noticiados neste domingo”, para justificar sua afirmação, sem citar o nome do presidente.
Participação de Bolsonaro em protesto que pede intervenção militar repercute entre as lideranças do Brasil
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, se pronunciou por meio de seu twitter oficial e disse que é uma “crueldade imperdoável”
Neste domingo, ocorreram manifestações a favor de Jair Bolsonaro e pedindo intervenção militar no país. Além de que, o nome de Rodrigo Maia também foi muito citado e um dos principais alvos dos atos. Somado a isso, Bolsonaro até mesmo participou do protesto.
Em alguns dos atos, os manifestantes chegaram a pedir o fechamento do Supremo Tribunal Federal e também do Congresso Nacional.
Rodrigo Maia
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, se pronunciou por meio de seu twitter oficial e disse que é uma “crueldade imperdoável” que aconteça uma ruptura democrática em meio a pandemia do coronavírus, com as famílias e vítimas fatais. Vale lembrar que no Brasil já são 2.462 mortes pela doença.
“O mundo inteiro está unido contra o coronavírus. No Brasil, temos de lutar contra o corona e o vírus do autoritarismo. É mais trabalhoso, mas venceremos. Em nome da Câmara dos Deputados repudio todo e qualquer ato que defenda a ditadura, atentando contra a Constituição”, escreveu Maia.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), foi o primeiro da corte a se manifestar sobre os protestos. Segundo ele, é “assustador”. “Só pode desejar intervenção militar quem perdeu a fé no futuro e sonha com um passado que nunca houve”, disse o ministro. “Defender a Constituição e as instituições democráticas faz parte do meu papel e do meu dever”, completou Luís Roberto Barroso, ministro do STF.
Além dele, o ministro Marco Aurélio Mello também se pronunciou, fazendo críticas. “Tempos estranhos! Não há espaço para retrocesso. Os ares são democráticos e assim continuarão”, disse.
Outro representante do STF, Gilmar Mendes, também falou sobre os atos. “A crise do coronavírus só vai ser superada com responsabilidade política, união de todos e solidariedade”.
Coronavírus: Queda na intenção de consumo das famílias brasileiras
Pandemia causada pelo novo coronavírus é a principal responsável
A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) divulgou ontem (17) uma pesquisa em que aponta queda na intenção de consumo das famílias brasileiras, por conta do coronavírus. Em relação a março, houve uma queda de 2,5% e esse é o menor índice desde novembro do ano passado. Os dados foram coletados entre o final de março e início de abril, período onde já estavam adotadas as medidas de quarentena. Foi a primeira pesquisa realizada após o começo da pandemia no Brasil.
De acordo com José Roberto Trados, presidente da CNC, os consumidores estão mais em alerta na hora de consumir. As incertezas geradas pelo coronavírus, até mesmo em relação à economia, vêm afetando nas decisões das famílias na hora de comprar. Dos componentes que fizeram parte da pesquisa, apenas o acesso ao crédito teve aumento.
Por outro lado, a perspectiva de consumo e o momento para a compra de bens duráveis foram as que mais caíram, seguidas pelo emprego, nível de consumo e renda atuais. É importante lembrar que o auxílio emergencial de R$ 600 reais já está sendo depositado na conta dos beneficiários e isso pode fazer com haja uma movimentação maior no setor econômico.
Segundo Bolsonaro, os prefeitos querem a reabertura do comércio
O presidente é completamente a favor da reabertura do comércio, para que a atividade econômica seja retomada, contrariando toda a medida de isolamento social
Hoje (sexta-feira 17), o presidente Jair Bolsonaro disse que metade dos prefeitos do Brasil desejam que o comércio seja reaberto. Segundo ele, leu uma matéria que dizia isso. “Eu li um matéria agora que 50% dos prefeitos já querem a abertura. Até pouco tempo atrás quase 100% não queria. Daqui a pouco vai chegar do nosso lado e falar: Bolsonaro tem razão” disse o presidente.
Vale lembrar que Bolsonaro é completamente a favor da reabertura do comércio, para que a atividade econômica seja retomada. Além de escolas e outras demais atividades, contrariando totalmente as medidas de isolamento social. Somado a isso, Bolsonaro ia totalmente contra as medidas de agentes da saúde, assim como o seu ex-ministro da Saúde, Luiz Henrrique Mandetta, demitido nesta última quinta-feira.
Conversando com seus apoiadores, um deles falou a Bolsonaro: “Falaram que você é o técnico do time, para resolver lá, para assinar”. Na resposta, o presidente pegou sua caneta de dentro do terno e fez um gesto de assinatura. Essa ação faz alusão a uma fala que ele havia dito no dia 5 de abril: “a minha caneta funciona”, quando ameaçava demitir Mandetta.
Auxílio Emergencial poderá ser pago para CPF irregular
A Câmara aprovou que o benefício seja pago para todo e qualquer documento de registro civil, mesmo sem estar regular
Nesta última quinta-feira, foi aprovado pela Câmara dos Deputados, a ampliação do auxílio emergencial de R$ 600, para que seja pago também para pessoas que possuem seu CPF ou título de eleitor estejam irregulares. Dessa forma, quem quiser se cadastrar, basta usar qualquer documento de registro civil, como por exemplo, carteira de identidade, carteira de trabalho, certidão de nascimento ou certidão de casamento.
“Milhões de pessoas habilitadas para receber o benefício passam fome em suas casas. Elas não podem ficar impedidas de receber o benefício por conta de exigências burocráticas. Mais uma vez, o Parlamento demonstra que está atento às necessidades da população e aos problemas que afligem os brasileiros”, disse o deputado e disse o líder do PSB na Câmara, Alessandro Molon.
Mais cedo e sem fazer a contagem dos votos, os deputados aprovaram a ampliação do auxílio emergencial de R$ 600 aos trabalhadores informais, enquanto durar a pandemia do coronavírus.
Além disso, essa medida havia sido aprovada por uma outra versão, a qual foi modificada e o Senado já havia aprovado. Dessa forma, após ser concluída, a analise dos destaques a medida terá de retornar para a nova análise dos senadores. Ou seja, apenas após isso poderá ir para a sanção da presidência. Entretanto, ainda faltam quatro destaques para serem votados pelos deputados.
Petrobras irá diminuir a operação na extração de Petróleo
62 plataformas entrarão em hibernação por conta da baixa no preço internacional do petróleo
A Petrobras anunciou nesta semana que 62 de suas plataformas entrarão em modo de hibernação. Elas se encontram nos campos de águas rasas das bacias de Campos, Sergipe, Potiguar e Ceará. Segundo a estatal, a grande baixa no preço internacional do petróleo foi fundamental para que a atitude tenha sido tomada.
De acordo com a Petrobras, está é uma das ações que precisaram ser tomadas para preservar empregos e garantir a sustentabilidade da empresa. Em comunicado, ainda mencionaram que esta é a pior crise na indústria do petróleo nos últimos cem anos. A divulgação desta atitude foi divulgada apenas nesta semana, porém a estatal informou que o mercado já sabia da decisão desde o final do mês de março.
Com a inutilização destas plataformas, a Petrobras irá deixar de produzir diariamente 23 mil barris de petróleo. A estatal informou que com a baixa do preço do barril fica inviável manter a extração e produção ativa.
“Dessas plataformas, 80% não são habitadas, e os empregados que atuam nas demais unidades habitadas não serão demitidos. Todos serão realocados para outras unidades. Caso haja interesse, outra opção é a adesão ao Plano de Desligamento Voluntário (PDV), conforme prevê o plano de pessoal para gestão de portfólio”, disse a empresa.
A crise causada pela pandemia do COVID-19 influenciou na diminuição da demanda por petróleo e seus derivados. No Brasil, já se consegue perceber a queda de preço nas bombas de combustíveis, principalmente na gasolina. Em questão global, a guerra dos preços vem acontecendo a pouco mais de um mês, quando Rússia e Arábia Saudita decidiram aumentar a sua produção mesmo com o preço do barril em queda. Para se ter uma ideia, recentemente o barril com o petróleo tipo Brent chegou a operar na casa dos US$ 20, menor nível desde o início dos anos 2000.
Economia do Brasil atinge a maior incerteza na história
O recorde mais alto havia sido registrado em setembro de 2015
A FGV (Fundação Getulio Vargas) mediu a Economia do Brasil através de seu Indicador de Incerteza da Economia, na qual atingiu o maior nível de incerteza dessa série histórica. Só em abril deste ano, subiu 44,5 pontos, chegando a incríveis 211,6 pontos, podendo subir ainda mais.
Uma vez que, o recorde mais alto anteriormente era de 136,8 pontos, no mês de setembro de 2015, é o que informa a FGV. Já o componente da mídia, na qual é baseado na freqüência de notícias sobre a incerteza na imprensa, subiu 35,5 pontos, batendo também o recorde de 196,5 pontos.
Já o componente de expectativas, que é construído por analistas econômicos, subiu 62,2 pontos, chegando a 226,1 pontos na prévia. Dessa forma, este é o segundo maior nível da série toda, ficando atrás apenas do nível registrado no mês de outubro de 2002, que totalizou 257,5 pontos.
Recursos parados Estados e Municípios poderão ser usados
No entanto, os recursos liberados não poderão ser destinados para outros fins que não sejam os previstos na Lei
Foi publicada no DOU (Diário Oficial da União), a Lei na qual irá autorizar Estados, Municípios e o Distrito Federal a transferir seus recursos parados, em fundos de saúde para auxiliar no combate ao novo coronavírus. Essa lei foi aprovada pela Câmara dos Deputados ainda no final de março e sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro, sem qualquer veto.
“Ficam autorizadas aos Estados, ao Distrito Federal e aos municípios a transposição e a transferência de saldos financeiros remanescentes de exercícios anteriores, constantes de seus respectivos Fundos de Saúde, provenientes de repasses do Ministério da Saúde”, diz na lei. “A transposição e a transferência de saldos financeiros serão destinadas exclusivamente à realização de ações e serviços públicos de saúde”, acrescenta.
No entanto, os recursos liberados não poderão ser destinados para outros fins que não sejam os previstos na Lei. Somado a isso, os atos normativos do SUS (Sistema Único de Saúde) devem ser monitorados, com os valores inseridos tendo de ser transferidos na lei orçamentária, com informações das operações a serem feitas.
Além disso, essa lei irá estabelecer a transposição dos saldos financeiros de outros anos, na qual só poderá ser permitido enquanto durar a pandemia do coronavírus no Brasil.
Bolsonaro irá demitir Mandetta ainda nesta semana
O anúncio pode vir até no máximo essa sexta-feira (17)
Uma “bomba” ainda pode estourar nesta semana no governo, isso porque, o presidente Jair Bolsonaro pode demitir Luiz Henrique Mandetta ainda nesta semana, o ministro da Saúde. Isso porque, ambos vem divergindo muito nas últimas semanas, na qual o Bolsonaro quase o demitiu, mas resolveu manter. Tudo isso por conta da pandemia do coronavírus, na qual o presidente vai contra as medidas de prevenção do ministro.
Na semanada passada, a permanência de Luiz Henrique Mandetta no cargo já era dada como incerta, por conta das declarações de Bolsonaro. No entanto, essa relação entre ambos piorou ainda mais durante uma entrevista na qual Mandetta diz que governo precisa de uma fala única.
Entretanto, em sua defesa, Mandetta disse que não fez essa declaração cavado uma demissão. “[Minhas falas] foram muito mais relacionadas à comunicação. Nada além disso. É no trabalho mesmo que estamos focados”, disse o ministro.
O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta deve ter sua demissão anunciada até essa sexta-feira (17).